De modo geral, depois da desconstrução (ou desmoralização) da Operação Lava Jato e do discurso de combate a corrupção, em voga desde 2014, a impunidade foi agora posta na ordem do dia da política nacional. Todos os presos pela Lava Jato já estão, de uma forma ou de outra, fora da cadeia. E isso devemos antes de tudo aos promotores e juízes que estiveram a frente da Lava Jato e que por falta de decoro se tornaram seus maiores carrascos. Combatendo políticos revelaram-se mais políticos do que os políticos e sucumbiram ao jogo eleitoral. Definitivamente, não existem heróis em nossa triste história política institucional.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
quinta-feira, 27 de abril de 2023
QUEM TEM MEDO DE CPI?
Atualmente, no parlamento tupiniquim, a instalação de uma CPI já não assusta ninguém. Na prática, os trabalhos de tais comissões servem de holofote para promoção de alguns políticos e para sacramentar a impunidade de agentes públicos corruptos.
O exemplo mais recente foram os escândalos denunciados pela CPI de Pandemia. Como já era esperado, as denúncias da CPI não deram em nada, mas o circo da comissão serviu de trampolim para viabilizar, por exemplo, a candidatura da neo liberalíssíma Simone Tebet a presidência pelo MDB no último pleito eleitoral.
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