Morto pelo terrorismo de Estado.
Como muitos ele nasceu
sem mundo e sem alma,
jurado de morte pela razão dos fatos
imposta pela boa e branca sociedade ordeira.
Meu filho não tinha direitos,
não tinha escola ou emprego.
Só tinha a revolta e a fome
e , como todo mundo,
não era perfeito.
Não teria qualquer oportunidade.
Nasceu condenado ao gueto.
Todo dia ele morre de novo
no caos de mais um tiroteio,
em mais um ato de barbárie
ou exercício genocida da política tosca
de mais um sangrento governo.
A democracia nunca terá o rosto dos pretos.
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