O nacionalismo permanece sendo a ideologia preferida dos canalhas e picaretas de plantão e, como não poderia deixar de ser, o sete de setembro continua horrívelmente belicista.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
sexta-feira, 8 de setembro de 2023
SETE DE SETEMBRO EM TEMPOS SOMBRIOS
Em tempos de conservadorismos e conformismos, a retomada dos desfiles de sete de setembro depois da pandemia dão o tom de um nacionalismo cada vez mais sombrio. Embora a data oficial do mito da independência centrada no grito do Ipiranga ande mais do que desgastada, sua mitarização permanece inquestionável tantos anos depois do fim da ditadura. Desde o primeiro governo FHC, quando a tentativa de transformar a data em uma "festa popular" deu início ao seu revisionismo, nunca foi tão forte sua reafirmação como uma data cívico militar vinculada a ideais conservadores e não muito democráticos.
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