Como também é menor a infância.
Por toda parte há adultos precoces,
divididos entre a luta pela sobrevivência
e a angústia da existência.
A velhice, por sua vez,
é sempre negada,
desprezada
e relegada a morte.
Afinal, só é cidadão
quem produz, consome,
e quase morre de fome
soterrado no própria sorte.
A mercantilização da existência
reduz hoje tudo e a todos
a condição opaca de coisas,
tornando a vida
uma rasa experiência produtiva
incrivelmente brutal e banal
onde nada e ninguém tem valor.
Submetidos ao peso de privilégios,
presos a injustiças e hierarquias,
somos apenas números
a serviço da acumulação de Capital
Não ganharemos nada com o futuro
pois já perdemos tudo
ontem, hoje e sempre.
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