As sucessivas e cada vez mais cotidianas denuncias contra a gangue ou família Zé Sarney nos diários tupiniquins como a Folha e o Estado de São Paulo, revelam a opinião pública a dimensão do absurdo que se tornou a manutenção do parlamento nacional em suas configurações atuais, em sua conversão à apêndice do poder central (executivo) definido pela vigência de um jogo de interesses e interpenetrações, em parte pragmáticas, em parte escusas, que tradicionalmente definem o exercício do poder em termos de arcaísmo latino americano... Atualmente política parlamentar e estatal é por aqui algo deprimente, já não ocupa o centro de qualquer noção de real espaço público... COMO NUNCA, VIOLENTA-SE A DEMOCRACIA, INDO ALÉM DOS DESMANDOS DE QUALQUER DITADURA... POLITICA VIROU CRIME E CARNAVAL...
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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