Nesta segunda feira, no plenário do senado, após mais de uma hora de discurso do coronel Ze Sarney sobre o centenário de Euclides da Cunha ( como se ele tivesse algo realmente a dizer do escritor dos Sertões), muito justamente, o senador Eduardo Suplicy do PT cobrou explicações do bigode sujo dizendo:
"Quando Vossa Excelência observou que não cometeu qualquer falta, que não sente culpa de coisa alguma, ora presidente Sarney. Há ocasiões que, se erros cometemos, é importante reconhecermos", disse Suplicy.
O bigode sujo respondeu:
"Acho que vossa excelência não foi delicado comigo. Vossa excelência que é um homem tão educado", disse o presidente do Senado. "Nesse momento, podia bem proferir seu discurso que vinha pronto a fazer, mas feriu uma regra e acho que não é o estilo de vossa excelência".
Nunca o certo e o errado foram tão relativos e confusos em uma pseudo sociedade onde é normal atravessar a rua com o sinal fechado e mijar na rua...
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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