O PT conseguiu ontem enterrar-se como partido de esquerda definindo a votação na comissão de ética ou des-etica do senado que arquivou todas as ações contra o coronel presidente da casa Zé Sarney. Ironicamente no mesmo dia em que a senadora Marina Silva deixou o partido para hipoteticamente disputar a presidência pelo PV. Tal episodio me inspira uma certa reflexão sobre os partidos políticos tupiniquins... Afinal, até que ponto eles realmente existem? Até que ponto eles não passam de instrumentos de caciques políticos/oligárquicos que se servem deles em função de interesses cada vez mais pessoais de poder, influência e bolso?
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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