Em um mundo dinâmico e que desde o inicio da modernidade avança para globalizações nunca antes imaginadas, não é surpresa que a celebração nacionalista das copas do mundo nunca tenha dado muito certo. Um bom exemplo é a seleção italiana que desde os anos 30 já contava com a participação de naturalizados como o brasileiro Anfilogino Guarisi, os argentinos Luis Monti, Attilio Demaría, Raimundo Orsi e Enrique Guaita (1934); o uruguaio Michele Andreolo (1938); o líbio de nascimento Claudio Gentile (1982); o argentino Mauro Camoranesi e o inglês de nascimento Simone Perrotta (2006), a revelia do tradicional atraso e conservadorismo italiano enquanto estado nação tardio que, não por acaso, inventou o facismo...
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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