segunda-feira, 6 de maio de 2013

CRONICA DO CRÔNICO DA SAUDE PÚBLICA



Aquela senhora morreu ali, na fila de espera para atendimento no setor de emergência de um hospital público. Morreu  como vivia. Sozinha e anônima. Sem gritos e desesperos, diante de um fulminante ataque cardíaco. Já esperava por atendimento  há tanto tempo que não resistiu ao rigor de mais uma espera.
Morreu ali, por falta de atendimento, por  descaso, como tantos outros anônimos cuja renda não  permite a falsa segurança de um plano privado de saúde.  Não virou notícia. Muito mal perdida estatística que ninguém sabe ou vê.
Aquela senhora morreu... sem o direito se quer a um obituário.

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