Aquela senhora morreu ali, na fila de espera para
atendimento no setor de emergência de um hospital público. Morreu como vivia. Sozinha e anônima. Sem gritos e
desesperos, diante de um fulminante ataque cardíaco. Já esperava por
atendimento há tanto tempo que não
resistiu ao rigor de mais uma espera.
Morreu ali, por falta de atendimento, por descaso, como tantos outros anônimos cuja
renda não permite a falsa segurança de
um plano privado de saúde. Não virou
notícia. Muito mal perdida estatística que ninguém sabe ou vê.
Aquela senhora morreu... sem o direito se quer a um
obituário.
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