A sociedade luso americana ( Brasil) é definida , ao meu
ver, por seus arcaísmos e
provincianismos, pela força de uma tradição autoritária ancorada
na constância da autonomia do “poder central”( União) frente a sociedade civil e mesmo a federação. A
constituição vigente, atualmente personificação de um projeto inacabado
e esquecido de democracia, formulado a luz do contexto da transição
democrática e pelo horizonte parlamentarista,
revelou-se insuficiente para responder aos novos desafios da política
contemporânea. Surgiram, é verdade, ao longo dos últimas decadas propostas de reinvenção do poder institucionalizado. A
principal delas foi aquele representado
pela ousada e simples formula dos comitês contra a fome do Betinho que mobilizou
a sociedade civil a partir da democracia
direta chamando atenção para então novidade das organizações não
governamentais. Infelizmente elas se tornaram governamentais demais e a experiência diluiu-se na novidade do
sempre igual. Agora a pós modernidade nos surge novamente como oportunidade de
reinvenção da ordem através da força e do grito do novo movimento juvenil.
O fato dele ser apartidário e não institucional não
significa que ele aspire ao fim das formas clássicas e institucionais
das codificações políticas da modernidade. Mas que um contraponto a política tradicional
pode ser interessante para a radicalidade
democrática.
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