Não suporto a ideia de que o mundo não passa de um fato
consumado.
Que todos os dias estão desde sempre perdidos nos grandes
jogos do acontecer coletivo.
Qualquer coisa deve ser possível ao individuo,
Qualquer mudança pode nascer do nosso cotidiano
inconformismo
Diante das dadas e absurdas situações políticas, sociais e
institucionais.
Essencialmente a liberdade é a possibilidade de realizar
coisas.
Não precisamos ser escravos dos fatos.
Nenhuma apologia faço aqui do voluntarismo vazio e
inconsequente,
Não defendo o unilateral autoritário da vontade narcisista.
Apenas penso que somos capazes de inventar mundos dentro de
nós e desdizer a realidade.
Muitas vezes isso é vital para a afirmação de nós mesmos em
qualquer versão atualizada do futuro onde, apesar de tudo, podemos ter voz.