Uma premissa básica que parece
escapar tanto aos políticos de direita
quanto de esquerda no Brasil, é o fato de que não existe qualquer
incompatibilidade entre autoritarismo, liberarismo ou socialismo. Pelo
contrário. Por aqui, através da vocação
hegemônica do Estado sobre a sociedade civil, qualquer ideologia parecem tender
ao totalitarismo enquanto afirmação de
uma virtude ideológica unilateral de seus partidários contra seus adversários.
Todos buscam impor a domesticação e serenidade das consciências frente a algum tido de programa vertical de
governo das coisas cotidianas. Todos invocam a metafísica da vontade nacional
contra as contradições da realidade vivida e
a precariedade do nosso desenvolvimento industrial e cultural.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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