O cafajestismo e o fisiologismo
que tanto definem a politica brasileira tem longa data. Não é de hoje a falta
de brilho dos supostos representantes do povo, a quase absoluta ausência de
compromisso com a realidade e vocação para reduzir tudo aos seus mesquinhos
interesses de sobrevivência e reprodução dos velhos vícios e corrupções
diversas.
Carece de efetividade por aqui
também a opinião pública, a sociedade civil, como contraparte do poder politico
institucional. Somos prisioneiros de um senso comum inorgânico e definido por
formulas simplistas e pseudo moralismos que, no final das contas, convive sem
grandes alardes com as indecências do atual sistema político. A distancia entre
o Estado e o Povo enquanto imagens básicas da cultura republicana é no mínimo
alarmante.
Politicamente tudo desde sempre
caminha de mal a pior e, no fundo, ninguém acredita muito em possibilidades de
mudanças. Na verdade, não há atores coletivos capazes de promover uma
radicalização da democracia através de uma profunda reforma do sistema politico
que, fatalmente, contrariaria os interesses conservadores das oligarquias de
poder que hoje dominam o executivo e o legislativo.
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