Em qualquer parte do mundo é
normal que a sociedade civil tenha do que reclamar sobre a sociedade política. Mesmo
em países com solida tradição democrática, como nos Estados Unidos, onde
observamos uma cultura comunitária bastante desenvolvida, tal animosidade se
faz presente.
No caso especifico da sociedade
brasileira, entretanto, tal antagonismo se tornou dramático após sucessivos escândalos
de corrupção envolvendo nomes expressivos na constelação politica nacional.
Pode-se dizer que os vícios no exercício do poder e a mercantilização da
atividade parlamentar se tornaram tão evidentes que fez crescer em demasia a
desconfiança do cidadão comum com relação á classe politica.
Este desinteresse ou ceticismo
cada vez maior com a politica constitui um dos traços mais complexos da
democracia contemporânea nos trópicos. Ultrapassa qualquer posicionamento
ideológico ou partidário convertendo-se em um impasse que desafia o próprio modelo
politico.
Definitivamente, impera por aqui
um jeito falido de fazer politica e estabelecer poder. Mas as atuais oligarquias
de poder são demasiadamente conservadoras para vislumbrar qualquer mudança.
Pelo contrário, tendem a tentar impor seus interesses coorporativos, a revelia
do que possa ser mais conveniente a sociedade como um todo.
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