Depois de passar anos na oposição
pedindo o impeachment de todos os governos, o PT termina levando um pé na bunda da presidência
da republica dado por seus próprios aliados. Em hilária ironia, o partido inventor
da formula do FORA, inventa agora a narrativa do golpe para lamber as feridas e
jurar vingança contra os seus algozes no mais deprimente exercício de vitimismo
politico.
É mais do que sabido que o PT
nunca ostentou uma grande habilidade para entender e fazer politica. Sempre foi
uma agremiação voltada para os seus próprios interesses e apetites na arena pública.
Seja em seu período oposicionista esquerdista ou no seu recém terminado período
governista populista.
O aparelhismo da maquina
publica e o discurso fácil das
ideologias perdidas sempre foi sua marca registrada contra qualquer
possibilidade de uma nova esquerda voltada para a contemporaneidade e a
transformação efetiva da sociedade.
O fato é que o PT foi antes de
tudo vitima de si mesmo, de seu pragmatismo mal feito e seu demasiado excesso de
auto confiança em sua suposta missão de partido salvador dos pobres e oprimidos
da nação enferma quando na verdade apenas trabalhava em seu projeto de
manutenção de longo prazo no poder.
Nesta conjuntura pós impeachment,
onde o discurso das radicalizações ideológicas de esquerda e direita alcançam
seu momento mais crucial e, espero eu, derradeiro, o antigo partido do
corporativismo sindical ameaça voltar as origens com um discurso revanchista e
esquerdoide.
Espera-se que a esquerda, em rumo
oposto, seja capaz de superar a miopia petista e se reinventar na atual
conjuntura nacional como protagonista da vida politica e social apontando,
acima de tudo, para a radicalização da
democracia.
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