No Brasil há lunáticos que
acreditam que os militares podem ser a “polícia da política” em tempos de escândalos
de corrupção. Pregam por isso um golpe de estado em nome da democracia. No mínimo
cometem o equivoco de confundir, de
maneira porca, moral com política. Falam como se os militares tivessem alguma dignidade, algum bom senso, ou imunidade a corrupção, e não
fossem um bando de cabeças de papel cultivando ideias de vento à margem da própria
sociedade.
A crise existencial das forças
armadas, em um país sem qualquer vocação para a guerra, expõe sua desfuncionalidade atual. Os militares não cumprem se quer sua função republicana elementar de
defesa das fronteiras nacionais. Não seria leviano dizer que o exercito é uma instituição caricata e em permanente crise.
Durante os primeiros anos
republicanos (lembrando que a república nasceu de um golpe) buscou-se inventar mitos nacionais, entre os quais alguns
militares, como Duque de Caxias ou o Marechal Teodoro, por exemplo. Mas nenhum deles, por
razões mais do que obvias, emplacou como herói. O Brasil é um país sem heróis. Fardas e normas nunca mudarão isso...
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