Dizem que a corrupção é um dos
grandes males nacionais. Mas a corrupção não é uma doença, um vírus. Ela é uma
forma de relacionamento ou associação entre pessoas inspiradas pelo seu apetite
privado. Neste sentido, ela é uma cultura, um modo de existência. Não se pode
combater a corrupção sem questionar a forma como cada um de nós socialmente se
inventa. A corrupção, no fundo, é um indicador de qualidade de vida, no sentido
ético. Quanto mais doente as sociabilidades e civilidade em uma sociedade, mais
corrupta ela será.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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