No meu caso, a preguiça funciona como um
arrebatamento metafisico. Ela me ensina a desprezar os afazeres mundanos e inúteis,
todas as bobagens de bem viver adaptado a esta medíocre sociedade de
consumidores.
Nada é mais tosco do que acumular
pequenos prazeres entre obrigações e controles coletivos. Inventam até mesmo os
nossos desejos em quase ilimitadas estratégias de sedução.
No fundo somos apenas números, tendências,
rótulos e opiniões pré fabricadas. É ridículo sucumbir a algum otimismo ideológico.
As coisas só mudam quando pioram.
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