A reforma da previdência é um tema cíclico na
vida politica tupiniquim. Em um país
onde nada funciona a contento, é recorrente a invenção de falsas explicações e
soluções pseudo racionais para o absurdo que define a dinâmica da vida politica
e social. No caso das contas públicas, a previdência é sempre apontada na
contemporâneidade como uma grande vilã. Como se a manutenção de uma estrutura
faraônica e cara de Estado e administração publica, destinada a sustentar uma
elite burocrática e a hegemonia de oligarquias politicas, não fosse a maior e
mais evidente fonte do descalabro financeiro.
O tema é falsamente tratado como uma questão
técnica reservada ao domínio de especialistas. Mas o cidadão comum é
suficientemente desconfiado para não aceitar, sem mais nem menos, o quadro pintado
pelas autoridades.
Que possuímos um modelo de previdência ruim
ninguém duvida. Mas daí a engolir as soluções apresentadas pelos governos, que
sempre apontam alternativas que
insinuam, a longo prazo, um regime previdenciário privado, existe uma enorme
distância.
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