A confiança teleológica na emancipação popular
não transforma o mundo,
não inventa o novo.
Apenas fortalece o Estado e o partido único
de nossa falida sociedade pós industrial
contra qualquer mudança possível e existencial.
A indeterminação e o conflito
deve, ao contrario,
servir de combustível a euforia transgressora
do coro dos desajustados,
ao esforço desconjuntado das flores de asfalto.
Somente a sensibilidade de uma nova estética da existência
pode produzir um outro tempo
contra nossas micro patologias cotidianas,
nossa fome de modernismos retrógrados.
Só a composição das multidões e
singularidades
conduz a novos entendimentos e primaveras,
a transcendência do tédio e dos limites
do aqui e agora na dança dos girassóis!
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