quinta-feira, 24 de setembro de 2020

ELOGIO A REVOLTA

A mudança  é  filha da revolta,
Do tamanho da sua indignação,  dos seus encontros,
Da sua palavra,
Da sua oposição  contra tudo que é injusto,
Absurdo e autoritário.

A revolta é  o que grita dentro de nós
A urgência  do virtual de outros mundos possíveis, 
A necessidade vital de outras formas de vida,
Enunciados e comportamentos 
Contra os muros do ontem
E os limites do hoje
Que esperneia  contra sua própria morte.

A revolta é a virtude dos inconformados.


quarta-feira, 23 de setembro de 2020

A BANAL ESTUPIDEZ DE BOLSONARO

 


Negacionista e delirante, fala de Bolsonaro na abertura da assembleia da ONU foi um retrato da caricatura de país inventada pelo atual governo frente a questões cruciais como meio ambiente e pandemia.

A narrativa construída por Bolsonaro não lembra em nada um discurso de chefe de Estado. Parece coisa tirada de alguma conversa de botequim. Mas fora algumas instituições, políticos e personalidades, a grande maioria da população pouco se importa com o que ele falou ou deixou de dizer as Nações Unidas.

O brasileiro médio, tirando meia dúzia de seguidores idiotizados, não se importa com as atrocidades e absurdos que seus políticos cometem. Ele é antes de tudo um conformado que se acostumou aos escândalos das oligarquias políticas. Bolsonaro para a maioria dos brasileiros é apenas mais um político tosco, como no fundo, todos os políticos são toscos. Mas tal banalização do inaceitável apenas o torna mais perigoso...


domingo, 20 de setembro de 2020

EXCLUSÃO

Vivemos em uma sociedade insana onde cada um busca a ilusão  de felicidade que esconde, quase sempre, aquilo se que realmente precisa para levar uma vida equilibrada.

Tudo é  questão de consumismo, estatus social, e preconceito.
Vivemos em uma sociedade onde até  os excluídos possuem como ideal o elitismo mais rasteiro e esnobe.
Vivemos em uma sociedade que odeia  os miseráveis, que abomina os pobres, os negros e quase negros, que inventaram nossa história contra o relato das elites e suas falsas glórias.  


SENSO COMUM

Somos escravos de um salário para manutenção  de nosso status de eternos endividados.
Mesmo assim nos imaginamos felizes como consumidores idiotizados  em estado de perpétua e artificial necessidade.
A verdade é  que não  passamos de pobres coitados, manipulados e domesticados pelos poderes  que nos assujeita castra. 

sábado, 19 de setembro de 2020

SOBRE A INSIGNIFICÂNCIA DO BRASIL

Não se deixe enganar pelo tamanho do seu território.  O Brasil é  um país pequeno, insignificante. 
Ele é  feito de autoritarismo, preconceito, exploração,  provincianismo e ignorância.
E6 um lugar muito pequeno no mundo.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

FALSO NORMAL

Ecocídio,

Pandemia,

Inflação,

Corrupção, 

Preconceito,

Populismo

Um fdp na presidência...

Mas os  dias seguem calmos

Como se 2 +2 fosse 5,

Ao sabor do circo dos ciclos eleitorais.


.


    

REPÚBLICA VELHA

A República é  uma velha banguela,
Sorrindo na fala asqueroso
Do presidente,
No opulência oligárquica
Dos três poderes,
Nós obcenos negócios 
Que alimentam o capital,
E no silêncio das ruas
Onde tudo parece normal.

Diante de tanto absurdo
Resta ais lúcidos 
Queimar a bandeira nacional,
Quebrar vidraças, 
Ocupar as praças 
Semear futuros 
No deserto do amanhã. 


quinta-feira, 17 de setembro de 2020

BRASIL= INSANIDADE

“Talvez o Brasil já tenha acabado e a gente não tenha se dado conta disso.
O Brasil é um asilo de lunáticos onde os pacientes assumiram o controle." 
Paulo Francis 


Brasil é  uma palavra abstrata, um rótulo rosto, para o hospício que define o território nacional como celeiro de absurdos institucionais,  capitalisticos,  morais e , principalmente existenciais. 
Em um país insano qualquer facção de desonestos e autoritários lunativos , sempre irá nos conformar as mais medíocres relações de exploração e poder .

ÚLTIMAS NOTICIAS SOBRE A DECADÊNCIA POLITICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

Hoje o Rio de Janeiro viveu um dia singular. Paralelamente deputados e vereadores discutiram processos de impeachment dos chefes do executivo estadual e municipal.
Momento singular da decadência política do estado no cenário nacional, a situação  inusitada revela a mediocridade dos políticos profissionais guardiões da desordem pública institucional de nossa temerosa República.
O mais, assombroso, entretanto, é  a ausência de qualquer mobilização popular frente a excecionalidade de tal situação política institucional.
A população segue bestialidade, descrente e indiferente. Assim mantém a dominação oligárquica da qual é vítima de longa data.
Assim, o Rio de Janeiro segue a deriva e a corja dos profissionais da política inventam o circo de sua própria miséria no encaminhamento de falsas soluções possíveis.

terça-feira, 15 de setembro de 2020

DO FATO A TELA


A tela revela o mundo como signo,
A realidade como imagem,
Como paisagem,
Onde somos vistos,
Medidos e julgados,
Onde  somos reduzidos 
As opiniões dos outros
E de ninguém.

Há  apenas o afeto dos enunciados,
o visível e o dizivel das convicções em progresso e desastre.

Já não nos interessam os fatos.
Importa apenas a informação 
Convertida em opinião e espetáculo.

É no dizer das coisas que o mundo acontece e se perde 
No abismo da mentira que inventa verdades e afirma Babel.

A realidade, afinal, já não  cabe 
Na ilusão  do sujeito e do objeto.
A percepção  não mais nos reduz ao humano,
A antropologia do saber possível. 

Somos agora o lado de fora da tela,
O lado de dentro das conclusões.
Os mais novos filhos do ceticismo, do simulacro,
Onde dizer tudo é possivel
Quando o dito já não  traduz a vida.




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quarta-feira, 9 de setembro de 2020

PELO FIM DO MUNDO COLONIAL

Nasci as margens do Ocidente,
Meio selvagem, bruto,
Contra a civilização  e as luzes.
Mas a Razão  cruzou  os mares
E reinventou a escravidão, 
O progresso, o trabalho,
E a ditadura da humanidade.

Fez chorar a indiferente natureza,
Plantou caos e cidades,.mortes e enfermidades,
Até nos tornar escravos
De sua absurda ilusão.





NOTICIAS

As notícias já não  dizem o mundo.
Apenas banalizam absurdos,
Registram o intolerável, 
Domesticando nossas indignações
Através do caos das opiniões. 

Cada um se perde em seu mundo,
Em sua moral e reclamação  seletiva,
Intoxicado pelo excesso de informação. 



 

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

CONTRA O PATRIOTISMO


A pátria moderna é  prisão,
Dominação ,
Desigualdade e exclusão
Onde padecem populações
Nas invisíveis grades do necropoder. 

A pátria é  um Estado abastado e injusto,
Militarismo e autoritarismo
Que inspira fanáticos,
Mil formas de controle e dominação. 

Os que amam a liberdade
Não  tem pátria,
Inventam um território
Onde floresce o diverso,
Onde se faz o múltiplo. 




  

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

A RAZÃO NA HISTÓRIA



As notícias já não  dizem um mundo.
Gritam um horror,
Qualquer absurdo,
Que escava em nós 
A consciência dos abismos.

A vertigem e a embriaguez 
De qualquer razão enlouquecida
Transfigurada em linguagem e vida
Inventa impune nossos caminhos.

CIBERPOLITICA E AS METAMORFOSES DA SOCIEDADE DE CONTROLE

 

Segue um interessante texto sobre uma questão colocada na pauta das discussões globais faz alguns anos. Entretanto, ela escapa ao provincianismo do imaginário tupiniquim. Mesmo quando o resultado das últimas eleições nacionais foram definidos, em grande parte, pelo uso indiscriminado e até mesmo abusivo, de


dispositivos e estratégias de cibepolitica.  Ironicamente, no Brasil, a direita tem sido mais contemporânea do que o dito camnpo progressista....

 

“ Tratamos, aqui, de um pensamento que invoca um vitalismo. Pensamento que recobre a fala do professor Alliez e que pode ser definido pela atribuição de um estatuto ontológico à crença e ao desejo, potências que seriam imanentes à Vida, o que nos permitiria situar nossa consideração para além dos estados mentais e afetivos dos sujeitos. Precisamos ultrapassar o Eu. Ultrapassar-nos em direção a um plano povoado de singularidades nômades, de vitalidade impessoal para fazer acontecer o impensável de nós. Ativar a potência de vida que nos habita, ativar o coletivo de nossas redes e associações, revelando uma base ontológica que reside nas práticas criativas da multidão. Constituir o que Toni Negri chama de poder constituinte12. O espaço biopolítico se torna, neste contexto, mais interessante do que o político, na medida em que ele é o caldo em que se misturam o político, o social, o econômico, o afetivo: é ele que reúne o ponto de vista do desejo, da produção concreta, da coletividade humana em ação. É neste ponto, prezado professor Alliez e relembrando o papel crucial que as tecnologias desempenham no lançamento das base da governabilidade embora seus resultados não possam ser considerados como a priori , que lhe devolvo a palavra, colocando-lhe duas questões: Uma, alinhada ao fluxo da presente Conferência: como a produção de cérebros e de corpos de muitos pode construir um sentido e uma direção comuns, num momento em que as forças do liberalismo e a onda de individualismo impregnam os modos de ser e estar em sociedade? Outra, a título de virmos a conhecer suas mais recentes produções no campo da filosofia e da arte, como nos mostra seu curriculum e últimas publicações. Também acreditamos que na obra de arte há uma crença que assegura o laço do homem com o mundo. É Deleuze que nos lembra que só a crença no mundo pode unir o homem ao que vê e escuta e que na obra de arte há uma fé que devolve o mundo. A arte operaria como uma perfuradora do real que nos possibilitaria crer novamente no mundo. Como poderíamos problematizar as relações Filosofia, Ciência e Arte no contexto da produção do poder constituinte da multidão?”

 

FONSECA, Tania Mara Galli . Conversando com Éric Alliez sobre Ciberpolítica – da Incorporalidade à Biopolítica. Informática na Educação: teoria & prática, Porto Alegre, v.9, n.2, p.74-86, jul./dez. 2006.

 

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

PRESIDENTE ESPANTALHO

Temos um espantalho na presidência da República,
Um caricato arremedo político,
Um ditador frustrado,
No trono do poder executivo.
Mas sua sombra abriga o rosto de muitos,
Que indossam a barbárie
De nossa duvidosa condição 
De sociedade.



quarta-feira, 2 de setembro de 2020

SEMPRE EM FRENTE

A vida segue.
A gente não  sabe como.
Mas ela segue, 
Apesar de tudo,
Ela segue.

Segue também em frente
O desastre nacional,
A falência estatal
É a miséria material e imaterial do  humano.

Seguimos em frente
E já avistamos o abismo
Na composição  do absurdo
De todas as convicções.