quinta-feira, 30 de setembro de 2021

REVOLTA É MÚSICA

Há grama debaixo dos paralelepípedos”.
anônimo. Maio de 1968


Neste mundo podre, formatado pelo poder do Estado, do dinheiro, e pela moral dos fracos, quero rasgar o tempo, espalhar uma canção de indignação e revolta pelas paisagens mortas da cidade, até que minha voz encontre outras vozes, fundando o coro dos descontentes, no terremoto de uma sinfonia de caos e protesto que nos ensine a dançar tempestades  no eterno retorno do intempestivo.

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

1000 DIAS DE DESGOVERNO

1000 dias de desgoverno Bolsobaro e o país segue cada vez pior.
Mas se já estamos acostumados a esperar o pior de qualquer governo, o primeiro governo de extrema direita da chamada nova república, nos desvelou um país de ódio, corrupção,  preconceito, machismo, burrice, e autoritarismo.  Que o Bozo tenha tantos apoiadores expontaneamente fiés ao seu fascismo, desmancha a imagem de cordialidade e alegria que sempre foi o hipocrita esteriótipo do brasileiro médio . Vivemos em um país de cocô e canalhas.

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

O ESPECTRO DO ULTRA DIREITISMO

A percepção do quanto Bolsonaro é asqueroso, autoritário, burro, e, certamente, portador de alguma patologia mental, cresce entre os nativos desta triste terra tropical em quase vésperas  de circo eleitoral. 
Os dias de liderança carismatica de um movimento politico conservador terminarão para p sr. Bostonaro com seu nefasto primeiro e unico mandato de  des-presidente. Mas seria ingênuo supor que com ele a onda da extrema direita no Brasil morrerá na praia. É bem possivel que o ultra conservadorismo  se reorganize em bases menos bizarras e continue explorando  a falência da esquerda e o desgaste dos políticos profissionais e seus rotineiros escândalos de corrupção. 
 Além  disso, um mundo marcado por tantas crises e incertezas pós pandêmicas é terreno fértil para os salvadores da pátria. E eles sempre surgem nos piores momentos da vida nacional. 
Em um Brasil sem futuro, o retrocesso é o prato principal, pois todos estão famintos de ordem. E ordem é o mais perfeito sinônimo do autoritarismo. Redundante dizer que neste país, por mais  que dado arranjo conjuntural pareça ruim, o pior sempre está por vir.
Depois que Bolsonaro se sagrou ptesidente, absolutamente tudo é possível.

BOLSONARO NA ONU

No show de horrores de mais uma performance de Bolsonaro na assembleia da  ONU nos deparamos com um Brasil fake que se torna cada vez mais realidade invertida de nossas proprias representações nacionais.
O Brasil conservador de bolsonaro é a confissão franca de nossa miseria coletiva, de nossa provinciana modernidade elitista, preconceituosa e rentista.
O Brasil sempre foi feito para o privilegio de minorias, é uma maquina de moer gente negra e mestiça que agora se reinventa como versão mais asquerosa e caricata do conservadorismo global.
O Brasil é tudo aquilo que odiamos em nós mesmos.

PS:  já sabemos que a imagem do metrô de Nova York é tão fake quanto discurso do bostonaro.

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

UM DESASTRE CHAMADO BRASIL

Muito antes dos europeus inventarem o Brasil, as terras daqui eram conhecidas como Pindorama.Palavra oriunda do Tupi-Guarani e significa- terra de palmeiras. Era o nome
que os indios tupi-guaranis chamavam a terra que habitavam, no período da chegada dos portugueses em 1500.
Seriam mais felizes estas terras se aqui jamais tivessem chegado os pestilentos europeus. Suas doenças conduziram a morte a maior parte da população local.A america portuguesa é o resultado deste processo de desastre civilizacional que se desdobra até os dias de hoje para os descendentes das populações nativas.
Maldito seja esse inventado Brasil!!!


domingo, 12 de setembro de 2021

SOBRE AS MANIFESTAÇÕES DE 12/09

As manifestações do dia 12/09, em resposta ao sequestro do 07/09 pelo bolsonarismo, não são em sua essência diferentes daquelas organizadas pela e$$querda. Ambas tem por horizonte, assumido ou não, a sucessão presidencial e se movem dentro de um cálculo institucional. Ambas não enxergam o fim da "nova república " , estão longe de uma mobilização  popular, horizontal e independente, que diga a sociedade contra o Estado, que retome 2013 em seu caráter mais libertário e generoso de reinvenção da política e da esfera pública. Nenhuma delas reinventa as ruas na composição dos corpos em multiplicidade e potência. O futuro ainda está por ser inventado. Por enquanto persistem os palanques e bandeirinhas partidárias enquanto avança o novo fascismo sobre todas as gramáticas do tempo presente e de " república velha".

SOBRE O IMPEACHMENT

O impeachment é, definitivamente, um instrumento elitista de destituição que depende do jogo legislativo. Indiferente a voz das ruas, os políticos profissionais decidem, ao sabor dos seus próprios  interesses, a manutenção ou queda de um governo, independente de todas as  suas inequívocas  transgressões das ditas " regras do jogo". Raramente as facções oligárquicas aceitam sem temor que o chefe do executivo seja destituído, pois isso traz fragilidade e instabilidade ao próprio jogo de poder oligárquico e seus diversos arranjos de manutenção da ordem. Mesmo no caso do Bolsonaro, que, paradoxalmente, é o principal adversário do seu próprio governo, por sua clara vocação autoritária. De um modo ou de outro, a desfuncionalidade do atual sistema político  sempre lhe garante sobrevida.
 
Para  mudar tudo isso é imperativo, antes de tudo, um movimento contundente e radical da sociedade civil, que supere os agenciamentos eleitorais e demagógicos, colocando na ordem do dia a sempre adiada questão da falência  da república. O cúmulo da falácia liberal é o argumento de que os três poderes estão  funcionando dentro da normalidade institucional sem o sequestro de diversos micro poderes que sustentam o conservadorismo da " velha " e da " nova política", a esquerda e a direita, diante de um "povo bestializado", indiferente ao bem comum.

Ou a sociedade muda a correlação de forças afirmando a autonomia e o poder constituinte da multidão, contra os profissionais da política, ou permaneceremos como eternos reféns da crise de representação e falência de governança de sucessivos governos.
mas, sobre o risco de impeachment hj, prevalece o elitismo oligárquico do veredito:

"O que acontece se o presidente da Câmara não arquiva nem aceita a denúncia? Há prazo para análise?

É nesta espécie de limbo que os pedidos de impeachment de Bolsonaro se encontram. Ao criar essa etapa de verificação pelo presidente da Câmara, o regimento não estabeleceu um prazo para que ela ocorresse."

sábado, 11 de setembro de 2021

O BRASIL COMO ELE É

O Brasil sempre fede a autoritatismo, elitismo e desigualdade social.Todo governo sustenta-se sobre este tripé da identidade nacional.
No Basil é sempre tempo de arcaismos e descalabros.


quinta-feira, 9 de setembro de 2021

NOTA SOBRE O SETE DE SETEMBRO II

Definitivamente, o Brasil não é mais o mesmo de antes do sete de setembro. O desgoverno Bozo acabou. Agora, o Napoleão de Hospício, começou uma inusitada campanha para ganhar mais um mandato sem eleição. Se bem sucedido, ele pede desculpas e fica tudo bem, pois é preciso preservar o princípio liberal da harmonia entre os três poderes a qualquer custo.
O país sem futuro, que sempre oscilou entre o mal e o pior, para o descarado progresso de suas elites, chega a passos largos ao fundo do poço do autoritarismo que sempre foi sua vocação colonial, imperial , republicana, pós histórica ou distópica.

NOTA SOBRE O SETE DE SETEMBRO

O sequestro do sete de setembro pelo bolsonarismo para descarado ato de campanha eleitoral, desafio a democracia, e demonstração de força politica, demonstra a fragilidade da formula liberal de estado de direito. 
Os poderes, seguindo em sua normalidade, permitem a um Napoleão de Hospício, no age de seu delírio golpista, fazer o que quizer sem qualquer responsabilização. Seguro pelo fisiologismo do parlamento, o verdugo sapatit e grita sob a dita democracia que para ele é uma forma de ditadura a ser inposta aos seus adversários por direito divino.

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

O DUVIDOSO FIM DA LEI DE SEGURANÇA NACIONAL

Chega a ser irônico que o fim da lei de segurança nacional criada pela ditadura militar não desperte muito entusiasmo. No fundo, a tipificação de crimes contra a "ameaça nacional" apenas foi transferida para o nosso arcaico código penal.
A cultura punitiva e autoritária que define, com ou sem ditadura, a ficção de nosso estado nação, esta velha fábula da modernidade, continua a reservar o rigor da lei para uso quase exclusivo contra as "classes perigosas" dos negros e "pardos" que entopem as prisões da velha republica de sempre. Segue existindo a polícia militar e a eterna ditadura social do capital e seu histórico de abusos em npme da segurança e da ordem nacional. Também será lembrado com ironia o fato da Lei de Segurana Nacional ter sido revogada justamente no governo ultra conservador do Bostonaro.

SOBRE O ETHOS NEOLIBERAL

 

O ethos neo liberal, que nos assujeita a racionalidade produtiva mais estrita, que nos reduz a condição de egoístas auto gestores ou empreendedores de nossa miséria, faz da consciência humana um mundo fechado de certezas duvidosas restritas ao pequeno horizonte dos indivíduos. 

Na agenda neoliberal, é preciso negar a morte, a caoticidade dos jogos de força e poder  que definem o campo de uma realidade social fraturada. É preciso negar tudo que é negativo, contraditório e esquisito, segundo a narrativa do bem viver normativo do progresso material e imaterial da vida privada.

O totalitarismo da consciência escrava de si mesma, tal como a velha ética protestante, convoca  todos, através da ilusão do ethos neoliberal, a condição de vencedores, quando cada um de nós já foi vencido por um mundo em colapso onde a necrose tecnológica apodrece as coisas e o corpo. 

Infelizmente, os jovens hoje em dia, crescem velhos demais para inventar uma saída ao atemporal de nossa servidão voluntária (sic). Eles sucumbem a falácia do otimismo de um mundo de faz de conta de consumo e progresso ilimitado, mesmo em tempos de emergência climática...