O ethos neo liberal, que nos assujeita a racionalidade produtiva mais estrita, que nos reduz a condição de egoístas auto gestores ou empreendedores de nossa miséria, faz da consciência humana um mundo fechado de certezas duvidosas restritas ao pequeno horizonte dos indivíduos.
Na agenda neoliberal, é preciso negar a morte, a caoticidade dos jogos de força e poder que definem o campo de uma realidade social fraturada. É preciso negar tudo que é negativo, contraditório e esquisito, segundo a narrativa do bem viver normativo do progresso material e imaterial da vida privada.
O totalitarismo da consciência escrava de si mesma, tal como a velha ética protestante, convoca todos, através da ilusão do ethos neoliberal, a condição de vencedores, quando cada um de nós já foi vencido por um mundo em colapso onde a necrose tecnológica apodrece as coisas e o corpo.
Infelizmente, os jovens hoje em dia, crescem velhos demais para inventar uma saída ao atemporal de nossa servidão voluntária (sic). Eles sucumbem a falácia do otimismo de um mundo de faz de conta de consumo e progresso ilimitado, mesmo em tempos de emergência climática...
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