o coro dos sem voz
que cresce nas periferias.
Não temos nome,
valor ou rosto.
Ninguém nos conhece.
Não passamos de fantasmas,
vírus, maltrapilhos
e bárbaros.
Nada buscamos,
Nada esperamos.
Somos o tempo que passa,
uma morte anunciada.
Estamos em todas as partes
falando para todos e para ninguém.
Sabemos que tudo é perigoso
e pode fugir ao controle.
Há alertas de incêndio
se multiplicando pela cidade global.
Ousamos dizer que o mundo de hoje morreu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário