Jamais esperei proteção da polícia,
e nunca contei com a tutela do Estado.
Cresci sendo explorado,
vivendo das migalhas do luxo,
como bom descendente
de escravos.
Nunca passei de um número,
de um padrão de consumo,
ou simples força de trabalho.
Sempre fui considerado coisa.
Nunca fui moderno,
cidadão livre e bem educado
e nasci em um país pouco civilizado.
Minha sorte, minha luta,
minha revolta e meu grito
sou eu que faço entre meus iguais.
Sou marginal,
periférico e insurgente.
Um dissidente e um maldito.
Adversário da lei, da polícia
e do Estado
em nome de algum sonho coletivo
de liberdade e igualdade.
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