O crescimento e credenciamento da extrema direita como uma força política nacional custou muito caro a uma democracia frágil e duvidosa, gerida por facções oligárquicas e fisiológicas, despostas a manter privilégios a qualquer custo.
A política, afinal, não passa hoje de um grande e milionário negócio e, em nome da democracia, tudo é permitido. Até mesmo o mais descarado autoritarismo.
Uma significativa parcela da população, foi seduzida pelo canto anti democráticos do populismo bolsonarista revelando o desgaste de uma democracia profundamente elitista e uma inegável crise do campo progressista.
Um ano depois dos atos anti democráticos de oito de janeiro, fugindo do simplismo do discurso chapa branca de vitória da democracia e de suas instituições, o que cabe constatar é a fragilidade e desgaste do atual sistema político, do próprio presidencialismo, diante dos arranjos republicanos que orquestram a hegemonia de um legislativo corrupto sobre um executivo impotente e submisso aos caprichos de uma classe política cada vez mais descaradamente oportunista e corrupta.
O crescimento da extrema direita foi no Brasil proporcional a falência e colapso das esquerdas e dos progressismos frente a hegemonia de um pragmático neo conservadorismo petista comprometido com a pauta neo liberal vigente. Vivemos tempos conservadores e incertos para um duvidoso e relativo Estado de direito onde não há diferença entre esquerda e direita e muito menos espaço para um movimento popular independente desde 2013 criminalizado
em nome da "democracia" enquanto o país se torna cada vez mais desigual e socialmente injusto.
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