habita um cubículo,
uma casa ou apartamento.
Qualquer mísero canto de vida
que se converte em cela.
Somos reféns de rotinas,
rostos, contratos , famílias,
cartões de crédito,
identidades e senhas.
Somos cópias,
autômatos,
escravos da própria sobrevivência,
ignorando a indignidade de nossas identidades,
nossa degradante submissão ao Sistema.
Cada um de nós habita uma cela.
Morremos todos em nossa prisão
e precisamos
de um pedaço de terra
para plantar ali nossa liberdade,
nosso não lugar no mundo,
ou, simplesmente, o lado de fora da nossa miséria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário