mudar meu dia,
minha rotina,
ou fazer frente a toda injustiça
que sustenta as autoridades e macro poderes
que nos impõem um mundo doente.
Confesso aqui sem pudor
minha elementar impotência,
sem, entretanto,
renunciar
ao inconformismo da minha existência.
Carrego na imaginação
um mundo novo
que não se rende ao tempo presente,
que desafia nossa realidade indecente
como vontade insurgente que cresce
compartilhada entre
todos os que,
de alguma forma, negam
e resistem
a ordem vigente.
A transformação da existência,
transcende teorias e discursos,
resulta de um modo de acontecer
entre os outros,
explorando e compartilhando os maravilhosos abismos
das pequenas coisas.
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