sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

REFLEXÕES SOBRE O BRASIL DO CORONA VIRUS XLIII

O segundo natal da pandemia é marcado pela vitória, na maioria dos estados, da politica de vacinação massiva, apesar do negacionismo mitante do governo federal e de uma parcela cada vez menor da sociedade, que insiste em politizar vulgarmente uma questão de saúde pública.
Os riscos da nova variante que avança na Europa não abala o ingênuo otimismo nacional, inspirado pela queda significativa  do número de mortes diárias por Covid no país depois da difusão das vacinas.
Mas nosso futuro ainda é incerto na combinação explosiva de crise sanitaria, política, e econômica. Vivemos uma epidemia social e politica, muito mais do que sanitária,  onde fomos infectados pelo ceticismo em relação ao porvir. Nunca nossas espectativas de curto e médio prazo, foram tão  precárias. Mas na contramão  do ceticismo, há uma ocupação das ruas e circulação de pessoas, inspiradas pelos ritos de fim de ano, que não  se viu no ano passado. Aproveitar o momento, apesar de todas as mazelas, parece ser a receita do mês de dezembro.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

REFLEXÕES SOBRE O BRASIL DO CORONA VIRUS XLII

Apesar do fracasso cada vez maior de sua cruzada contra as vacinas, do caráter criminoso de seu negacionismo e autoritarismo, o governo bolsonaro segue sem ser institucionalmente interpelado por um merecido processo de impeachment.  Mesmo depois da chamada CPI da covid ter investigado e exposto em detalhes todas as atrocidades patrocinadas ou insentivadas pelo governo federal, tudo indica que o presidente genocida  chegará até o fim do mandato sem sofrer qualquer responsabilização pelos seus atos.
Apesar disso, a politica pública de vacinação em massa, de restrições a realização de grandes evenros, afirma-se de nodo eficaz contra a pandemia. A indignação dos negacionistas, raivosos defensores da pseudo liberdade de fazer circular o virus, não encontra mais significativa adesão entre a população. A massiva procura por vacinas prova o quanto a consciência e responsabilidade social predomina sobre a insensatez política dos negacionistas.
Nada disso nos leva a qualquer cenario otimista pois, em que pelem todos os esforços da medicina, o futuro da crise pandêmica,  dois anos depois do seu início,  ainda é incerta. Talvez, tenhamos adentrado a era das pandemias, como desdobramento da emergência climática que hoje torna sombrio o futuro da civilização tal como a conhecemos ou, talvez, como a conheciamos até poucos anos.

domingo, 19 de dezembro de 2021

POLÍTICA E FISIOLOGISMO

O fisiologismo domina a política institucional. Afinal, ela é definida pelo jogo de poder e sobrevivência dos partidos politicos, seus caciques e quadros.
 Neste jogo, as maquinas partidarias não  são  ideologicas, mas fisiológicas e pragmaticas em seus cálculos e arranjos eleitorais.  Afinal, delas dependem a governabilidade de qualquer governo, na mesma medida que elas dependem dos governos e seus cargos para acomodar interesses oligarquicos. Deta forma, longe de voltarem- se para as pautas e interesses da sociedade,  os partidos e governos se ocupam do aparelhamento do Estado, da distribuição de cargos e salários. É interesse de qualquer governo conservar tal situação e assegurar sua viabilidade através do mais sincero fisiologismo. Polarizações ideologicas ou o destino do país pouco importam.
Muito pouco se pode esperar de governos e politicos pois eles estão sempre compromeridos com a reprodução do sistema oligárquico como modo estruturante de uma esfera pública restrita a ação dos profissionais da politica.


segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

A ESCANDALOSA SOBREVIVÊNCIA DO DESGOVERNO BOLSONARO

Depois do escandaloso ensaio de golpe institucional de sete de setembro, o desgoverno anti democrático de Bolsonaro, em um cretino arranjo entre os três poderes, passou a gozar de governabilidade e uma contundente sustentação politica pelo fisiológico e corrupto Centrão. 
Todos os crimes e arbitrariedades praticados pelo governo foram minimizados e o impeachment virou o vilão da história. O consenso oligarquico em torno da governabilidade, da manutenção  da ordem acima de todos os princípios,  brindou de vez o presidente genocida e corrupto. Atentando contra a ética e a própria demicracia como principio, as ditas autoridades da república garantem a quase qualquer custo que o miserável complete seu mandato  coroando sua politica de morte.
Afinal, que tipo de república é essa que nornaliza a barbárie?

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

BRASIL:PAÍS SEM FUTURO

O Brasil vem se tornando nos últimos anos um país sem futuro, mediocre, e miserável, um canto nefasto de mundo, sem qualquer virtude e reduto do conservadorismo mais perverso. Nascer no Brasil é agora uma espécie de maldição,  de condenação cósmica. No Brasil, afinal, ainda se passa fome, e o Estado Mata indios e negros.

PÓS ESCRAVIDÃO, RACISMO E POLÍCIA

No Brasil, o periodo Pós Escravidão  consagrou a Republica como nova versão  do antigo regime. 
A policia militar, nascida sobre o fantasma da revolução haitiana, é máximo  expressão do medo racista dos negros. Eterno perigo a boa sociedade dos homens brancos coloniais.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

GUERRAS SECRETAS

Há  mortos
e feridos 
banhados em sangue
e cobertos de injustiças.

Em toda parte
cresce uma semente de desastre
em promessas de distopias.

Mas os jornais inventam rotinas,
tédios, empatias, e vitrines.
Vendem esperança e normalidades,
enquanto sonâmbulos ensinam nas escolas 
uma realidade de faz de conta.

Assim, seguimos em guerra,
sussurando gritos
na sala de espera,
ou comprando besteiras
com o cartão de credito,
enquanto a morte é gratuita
em hospitais lotados.











 

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

REFLEXÕES SOBRE O BRASIL DO CORONA VIRUS XLI

Com o avanço da vacinação as ditas autoridades públicas,  em nome da saúde econômica das cidades, falam inresponsavelmente em festas de fim de ano e carnaval. Mas a pandemia completará dois anos acumulando mortes enquanto nos iludimos com uma suposta volta a normalidade. 
Mas nada mais será como antes, para o bem e para o mal. O mundo, em tempos de emergência  climática,  entrou na era das pandemias.

sábado, 27 de novembro de 2021

CONFORMISMO DE SÍSIFO

E é sempre a mesma angustia,
a mesma miséria, 
a mesma injustiça e exploração. 

Sempre de novo o que não dá jeito,
o que nos conforma ao protesto sem resultado
e a falsa esperança das próximas eleições.

Sempre de novo o mesmo enredo,
o mesmo fracasso.

Ninguém tem coragem
de romper com o mundo,
rasgar a rotina no grito
e se lançar  ao desconhecido.

somos sísifos contentes
esmagados pela pedra de duvidosos fatos consumados.


terça-feira, 23 de novembro de 2021

A FRAGILIDADE DA ORDEM

Onde nada é certo,
todos tem certezas,
explicações,
soluções e alternativas.
Há velhas respostas
a novos problemas
e apostas em futuros descartáveis
alimentados por convicções vazias.
Mas a ordem morna das coisas
não sobreviverá ao desrazoável da poesia.

sábado, 20 de novembro de 2021

RACISMO E IDENTIDADE NACIONAL

O Brasil não foi inventado por imigrantes europeus para integrar negros e indios. Ele foi criado para colonizar, explorar, destruir e matar em nome de deus e do progresso dos brancos.

ACORDE!

Não importa o raso do dia,
ou a grande noite das horas,
é imperativo acordar,
saber o hoje e gritar,
o desespero dos fatos.

Acordar com todas as inconsequências, 
revoltas e questionamentos,
Acordar contra a razão  na história e os falsos consensos.

 Saber o pesadelo,
o absurdo, o inacreditável
e inaceitável,
que acontece o tempo todo
lá fora.

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

ULTRA MODERNIDADE

A vida é injusta.
Não  existem finais felizes,
 os corruptos morrem ricos,
o Estado nos oprime,
e nenhum deus existe.

O trabalho não dignifica,
nem a moral santifica.
A lei não é para todos.
A razão não esclarece.
Ninguém tem o que merece,
 os canalhas mandam no mundo,
 as ruas andam cheias de racistas
e todos os deuses estão mortos.
Só nos resta perder a tarde relendo Crime e Castigo.





segunda-feira, 15 de novembro de 2021

REPUBLICA DAS BANANAS

Apesar de todas as revoltas e lutas republicanas do período regencial, a república nos foi imposta de forma elitista por um golpe militar, tornando-se, desde o nacedouro uma ideia fora do lugar.
Longe de um regime de participação popular, a república  cresceu palaciana e oligarquica, profundamente autoritária e dedicada a manter o poder econômico e político dos latifúndios.
Procramou-se, inspirada por fake news, a maior república das babanas das Américas. O povo, este eterno ausente da vida pública, nada tem a comemorar no dia de hoje.

sábado, 13 de novembro de 2021

TRABALHO & ROUBO

Quem não  trabalha não come.
Mas não  há trabalho para todos,
E muitos não  servem para o trabalho.
Pouco adianta o esforço. 

O que importa é manter a hierarquia,
para que alguns poucos 
vivam sempre
do trabalho dos outros.

Mas quem não trabalha não come,
enquanto os ricos vivem do roubo.




quinta-feira, 11 de novembro de 2021

A VIDA QUE É


Condenado a um salário de quase indigência,
sonhava um dia viver a alegria
de um  bilhete premiado de loteria.
Mas morreu de hemorragia
na fila de um hospital de periferia
sem conseguir receber o beneficio da aposentadoria.

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

CONDENADOS

Estamos condenados a uma vida rasa,
precarizada,
abreviada,
enquanto os ricos
fazem fortuna
e gozam de boa saúde.

Vivemos em uma sociedade injusta, 
e elitista,
onde uma minoria
tem motivos para ser otimista.
Mas ainda podemos imaginar
o fim do mundo
contra os horrores do futuro.

POLÍCIA

A policia não impede o crime.
Muitas vezes participa dele
agindo a margem da lei.
Ela não salva a ordem
de si mesma.
Mata crianças e negros 
executando uma política de morte
em nome do Estado.
A policia não promove a justiça.
apenas defende o poder.
A.C.A.B.



segunda-feira, 8 de novembro de 2021

O PARLAMENTO COMO NEGÓCIO

O congresso nacional é o coração volúvel da velha república oligarquica.  Ele não passa, nas duas casas, de uma praça de mercado onde tudo se negocia. Lá reina o apetite dos mercadores da coisa pública.
Senadores e deputados buscam o benefício privado e estratégico dos grandes negócios dos orçamentos e verbas, bem como transformam seus votos em moeda no promíscuo e fisiológico jogo da governabilidade. 
No congresso nacional tudo está a venda de forma lícita e ilícita. Não faz diferença. O que menos importa são as necessidades do povo, frente ao jogo do Estado.
A corrupção é tão natural que os partidos se comportam abertamente como facções criminosas tranvestidas em bancadas de interesses corporativos.

CONFISSÃO LIBERTÁRIA

O anarquismo é meu canto,
meu encontro com a vida,
meu escândalo.

É devir,
o intempestivo contra a história,
na criação de um corpo vasto & intenso, 
na heterotopia da liberdade
de todos os espaços abertos
contra os limites do tempo.

A anarquia é vontade de potência, 
forças intensas 
que me atravessam
em tempestades
na festa da natureza.

O anarquismo é uma dança,
teleologia de assombros
que me arrebatam e transformam
na arte viva da coexistência.

O anarquismo é uma infância
que me liberta.

Sem dogmas, deuses
ou tiranos,
invento um novo modo de existência
contra todas as formas de poder. 








quarta-feira, 3 de novembro de 2021

CETICISMO POLÍTICO

CETICISMO POLÍTICO

Não acredito em gnomos,
políticos, pastores,
policiais, 
e empresários honestos.

Também não acredito
em gente que não se revolta
contra a opressão das elites
e não se reinventa no canto de um  povo
onde por todos os cantos 
 todos carregam silêncios.

BOLSONARO E A COP26

 

Para quem tem ainda na memória a realização da reunião de cúpula da ONU sobre Meio Ambiente, conhecida como Rio-92, a participação do Brasil na Conferência sobre Mudanças Climáticas (COP26), há de ficar na lembrança como uma inacreditável tragédia. Mesmo sem a participação direta do inergumeno presidente deste país, o Brasil consolidou de vez, sob seu desgoverno, a posição de pária mundial diante da emergência climática que ameaça o futuro da própria espécie humana.

Se já não cabe esperar muito das deliberações dos políticos do primeiro mundo sobre a questão, resta a nós, desesperar de vez, com a paródia terceiro mundista de ditador de república das bananas que é Bolsonaro.

Os danos ao meio ambiente no território nacional e, especialmente na Amazônia, entre queimadas , garimpos e venda de madeira ilegal, são praticamente irreversíveis a médio prazo. Mas, mesmo se essa fosse uma projeção pessimista, tentar pensar  a situação de modo mais generoso, é questionar se, depois do atual desgoverno, ainda existirá um Brasil para cinicamente reivindicar sua parte do território da Amazônia entre as nações vizinhas, já que tanto se empenha pela sua destruição  ( e isso não começou com o desgoverno bolsonaro) .

Quanto aos acordos, até agora,  assinados pelo Brasil na COP26, sob pressão norte americana, seja o de redução de 30 %  da emissão de Metano até 2030,  ou o de zerar o desmatamento até o mesmo ano, sabemos que dificilmente tais metas serão alcançadas. Afinal, o lunático do Planalto há de manter sua insana política de destruição ambiental.


BOLSONARO NA ITÁLIA: VERGONHA NACIONAL

Em descarado ato de campanha eleitoral na Itália, com o falso pretexto participação no encontro do G20 sobre a emergência climática, e financiado pelos cofres públicos, Bolsonaro e sua trupe mais uma vez sapateiam sobre a Republica, enquanto instituição, e avacalham  nosso já duvidoso regime democrático.

Em claro diálogo com a extrema direita italiana, Bolsonaro, não teve pudor em recorrer, através de seus seguranças ,a violência para reprimir representantes da imprensa brasileira que fazia a cobertura do evento.

Pouco adianta repudiar ato tão ditadorial sem que isso acarrete a responsabilização do autor que, ninguém duvida mais, conta com a cumplicidade envergonhada das instituições democráticas em seus arroubos autoritários. 

Uma democracia que admite que alguém como Bolsonaro, que no exercício do mandato já cometeu ou acobertou tantos crimes, não é uma democracia e, muito menos, pode-se dizer que as instituições estão funcionando a contento. 


 

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

TEMPOS DE MORTE

O mundo alcançou a assombrosa cifra de cinco milhões de mortes por Covid as vésperas  do dia dos mortos.
É um marco realmente absurdo e vergonhoso, não  importam os avanços da medicina e a eficácia das vacinas hoje existentes contra o virus. Sobrevivemos em um mundo morto, cada vez mais tóxico, e de futuro duvidoso.
Em outras palavras, temos motivos, mais do que suficientes, para questionar o tipo de realidade em que precariamente existimos e onde tamanha tragédia se tornou possível.
Em tempos de emergência climática,  uma pandemia é expressão da falência de certo padrão  civilizatório baseado em uma racionalidade técnico científica e instrumental. Se nada mudar, outras tragédias virão e a pandemia da Covid será lembrada como o início do período  do grande ocaso da nossa tão inumana espécie humana e dos seus artifícios tecnobiológicos de civilização. 
 Divorciados da natureza, podemos nos tornar sua maior vítima. Mas, neste processo, somos, irônicamente,  nossos próprios carrascos.
As sociedades humanas e suas metrópoles nunca produziram tanto lixo, morte, incerteza e delírio. Envenenamos o mundo em uma espécie de involuntário suicidio coletivo.
Talvez, o mundo já não exista mais para nós nos cemitérios de nossa cultura global de circulação de mercadorias, precariamente sustentada sobre as ruinas do moderno e ofuscada pelas Luzes da Razão. 
De tanto transfomar a natureza, agora somos transformados por ela as vésperas de um inesperado colápso pós industrial .

sábado, 30 de outubro de 2021

O HOMEM PÚBLICO

O homem público    jamais será cidadão. Um prisioneiro da lei, da ordem e do Estado.
Ele será eternamente um rebelde, um desajustado, apaixonado por insurreições. 
Seu corpo é a multidão  faminta, que povoando as ruas, sonha a beleza de outros mundos possiveis. 

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

BILIONÁRIOS E REALIDADE NACIONAL

 

No último mês de abril, a Revista Forbes publicou um ranking dos Bilionários em 2021. Um dado surpreendente é que o Brasil, mergulhado em crise generalizada, viu aumentar o número de seus milionários enquanto a fome ganha destaque como uma realidade cada vez mais cotidiana na mesa de parcela considerável da população.

No Brasil, o número de bilionários saltou 44% – de 45, em 2020, para 65, este ano, o que demonstra que a concentração da riqueza nacional nas mãos de uma ínfima minoria permanece sendo o traço definidor e secular da realidade tupiniquim. O país é feito para poucos e , nele, poucas vidas importam. A grande massa de indiferentes e anônimos que sustentam a ficção do estado Nação, transfigurados em população, é mero dado estatístico e objeto de controle algoritmo reduzidos a barbárie de suas vidas privadas.

O capitalismo predatório tupiniquim e seus micro poderes ou apetites corporativo moldam a realidade política a imagem e semelhança dos seus interesses rentistas indiferentes a qualquer noção de bem comum. A republica jaz morta e apodrece velada pelos ditos representantes do povo. 

Quem se importa com as grandes fortunas?


quarta-feira, 27 de outubro de 2021

A BOSTA DO LATIFÚNDIO

O Brasil fede a bosta do latifundio,
do agro negócio
que nos invenena
e exporta criando miséria. 

O Brasil fede a fome,
lucro e sangue,
através  da opulência das grandes fazendas
e das florestas que queimam.

MEU LUGAR NO MUNDO

Meu lugar no mundo 
não tem chão, 
não é o território prisão 
da ficção de qualquer Estado Nação. 

Tenho a intuição de um canto encantado,
onde a liberdade dança nas árvores,
onde a vida é possível 
e a imaginação soberana.

Canto de mar e terra
sem lei
onde se cantam as virtudes
de uma eterna infância.

Encanto que escreve no corpo
a geografia da alma de um mundo
onde o lugar de um
é o espaço de todos.

Meu lugar no mundo
é nostalgia
de uma nova vida selvagem.



domingo, 24 de outubro de 2021

BRASIL: DEIXE-O QUEM PUDER!

Que o Brasil é um país sem futuro já não é novidade faz muito tempo. Mas a atual conjuntura de crise generalizada, em tempos de insana polarização ideologica, pandemia, e desgoverno de extrema direita, o êxodo de brasileiros cresceu significativamente. Ninguém acredita em qualquer alternativa institucional. Afinal, o neoliberarismo e o fisiologismo, tem definido qualquer governo possível nas últimas décadas. Não será diferente em 2022.  A frase tão popular nos anos 80, que apontava o aeroporto como saida para o Brasil, nunca inspirou tanta gente. Infelizmente, a maioria da população não conta com tal alternativa, tamanha a precariedade de suas vidas. 

https://www.cnnbrasil.com.br/business/com-crise-e-desemprego-mais-de-130-mil-brasileiros-deixaram-o-brasil-em-2021/

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

VIDA MURCHA

A vida segue em estado de emergência, 
em regime de urgência, 
em tempos de precariedade
e Estado de indecência. 

A vida murcha
como uma flor
em um lindo vaso de existência. 

Quanto custa nossa decadência?
Quem lucra com tão absurda experiência?

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

INJUSTIÇA SOCIAL

No Brasil, o pior sempre nos espera no dia seguinte. Não há limites para a incompetência criminosa das autoridades para o benefício de uma pequena elite de parasitas. 
Afinal, o  país não dá certo porque tem gente que ganha com isso. 
O pior para muitos é o melhor de alguns.

FOME E CONTEMPORÂNEIDADE

 

O Brasil é um país que passa fome. Pelo menos, segundo levantamento da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), 20 milhões de brasileiros passam fome. E não seria surpresa se a realidade superar as estatísticas já que muitos brasileiros simplesmente não existem para os dados oficias.

Tamanha desfuncionalidade da máquina social, ao não garantir o mínimo necessário a sobrevivência de uma considerável parcela da população, evidencia a falência da República e da política como esfera de construção de um espaço público consagrado ao  bem comum e a dignidade humana.

A perseverança da fome, como realidade ( ou barbárie) social, com todos os recursos tecnológicos e materiais que caracterizam hoje a sociedade tupinuquim, é um atestado de falência coletiva de um Estado Nacional estruturalmente perverso. O arcaísmo que ela representa compromete qualquer ideal de civilidade ou "modernidade". Eleva, não apenas a desigualdade, mas a miséria como destino coletivo de boa parte da população, desde o princípio excluída de um projeto de Estado colonial e autoritário.

Dito com todas as letras, o Brasil é um país fracassado como projeto de nação. É um país sem povo (ou contra o povo). Para a maioria de seus habitantes, ele é um grande campo de concentração. Isso não pode mais ser ignorado.  Desde os tempos da America Portuguesa, o cativeiro foi a base da formação do nosso " antigo regime" tropical. E mesmo com o fim do Império  e a República,  a abolição da escravidão não apagou ou superou a cultura do cativeiro, a miséria e a fome, que alimenta as elites locais.



sábado, 16 de outubro de 2021

SOBRE O ÓBVIO

O país não é para todos.
O Estado mata.
E não há justiça.

Toda politica é distópica
entre a corrupção e a demagogia.
E só a multidão salva
na constituição da radicalidade da democracia.
Mad parece que ninguém  mais sabe disso.
O óbvio foge a ordem do dia.



segunda-feira, 11 de outubro de 2021

NO MUNDO PARALELO DOS POLÍTICOS

No mundo paralelo do poder e dos profissionais da politica, a vida é um fato midiático, estatística, um objeto de lucro, manipuação, e voto.
Nossa realidade é puro matéria de fantasia para justificar seus privilégios sob o falso argumento do interesse público que eles não representam.

domingo, 10 de outubro de 2021

CAMPANHA FORA CRISTO REDENTOR 2021

Monumento obscurancista erguido durante a república como afronta a laicidade do Estado,  o Cristo redentor representa a breguice católica que soube oportunisticamente explorar as comemorações oficiais do centenário da insependência para impor o projeto com a mobilizacão de beatas desocupadas em campanha nacional. Mas ele enfrenta até hoje a feroz resistência dos velhos deuses locais, como Tupã, sendo periodicamente bomardeado por raios e tempestades.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) ele é atingido por pelo menos  seis raios ao ano. Em 2014, por exemplo, parte do dedo polegar da mão direita do monumento quebrou após ser atingida por um raio durante um temporal de verão. Uma fotografia captou o momento exato da descarga elétrica:

Fotografia registra o momento exato em que o Cristo foi atingido por um raio na mão direita, danificando o seu polegar (no dia 16 de janeiro de 2014).

A mão direita foi especialmente atingida por raios durante o verão de 2014.

Registramos aqui nossa total solidariedade aos deuses antigos contra este ridículo monumento a uma divindade estrangeira e invasora, que inspirou o genocídio dos povos originários e abençoa o extermínio da população negra no Rio de Janeiro pelas forças de segurança pública.



terça-feira, 5 de outubro de 2021

SOBRE A LEI

A lei é feita contra os excluídos,
contra os que clamam por justiça,
e para os que vivem a margem da norma.
 
A lei é feita pelos que estão  acima da lei
pelos que vivem de injustiças exploração.

A lei não vale a letra da lei.

O RISCO DO AUTO IMPEACHMENT

O risco do auto impeachment :
O bolsonarismo é uma cobra que muda de pele. Seria ingênuo acreditar que seu destino será decidido no ridículo jogo das urnas e do teatro do poder de Estado, pois é justamente a margem dele que ele se re-produz e se re-significa para impor-se a sociedade.
Aliados de Bolsonaro ligados ao  agronegócio e evangélicos, vêm sugerindo a interlocutores diretos do presidente que ele faça um “ato patriótico” não concorrendo a reeleição. Populismo acima de tudo.

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

SOBRE NOSSO FUTURO

O futuro da economia não é o nosso futuro.
Não vivemos de renda,
exploração ou especulação financeira.

O futuro do Estado Nacional,
também  não é o nosso futuro.
Mas o dos políticos profissionais, que não nos representam,
e engordam o bolso em nome da nação.

O futuro das igrejas,
 muito menos, é o nosso futuro.
Mas o dos profissionais da fé
que transformam orações em cifrões.

Nosso futuro não é se quer o do povo,
Mero personagem fictício  na hipocrisia e demagogia  dos mais belos discursos.

Nosso futuro é a incerteza do dia seguinte,
nosso tempo roubado
pelo trabalho quase escravo.

Ele é a morte antecipada
por uma vida precária.

Ele é um amanhã  semi morto
pelo progresso de todos os futuros possíveis para os senhores do mundo
que sempre avançam
em direção ao passado.

Mesmo assim, 
em todas as partes,
somos assediados pelos mercadores do futuro,
que tentam nos vender a
qualquer custo algum projeto manufaturado de felicidade.

Eles não sabem que nosso futuro
ainda não existe
e que pode ser diferente de todos os futuros
que hoje existem.




 

domingo, 3 de outubro de 2021

NOTA MARGINAL AO MOVIMEBTO FORA BOLSONARO

A alma das manifestações de rua são os coletivos e pessoas anônimas que na composição dos corpos inventam horizontalmente a soberania da multidão na contramão dos organizadores, partidos e militâncias. O Fora Bolsonaro ainda não inventou seu povo, permanece refém da agenda oligárquica e eleitoreira de partidos. Mas as ruas sempre surpreendem, sempre fogem aos roteiros do teatro dos engajados, para afirmar a vida em sua virtualidade, inventando um outro horizonte, micro políticas, multiplicidades, onde imperam intensidades e devires minoritários. As ruas não tem partido...elas definem sempre linhas de fuga.
 
 
 

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

REVOLTA É MÚSICA

Há grama debaixo dos paralelepípedos”.
anônimo. Maio de 1968


Neste mundo podre, formatado pelo poder do Estado, do dinheiro, e pela moral dos fracos, quero rasgar o tempo, espalhar uma canção de indignação e revolta pelas paisagens mortas da cidade, até que minha voz encontre outras vozes, fundando o coro dos descontentes, no terremoto de uma sinfonia de caos e protesto que nos ensine a dançar tempestades  no eterno retorno do intempestivo.

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

1000 DIAS DE DESGOVERNO

1000 dias de desgoverno Bolsobaro e o país segue cada vez pior.
Mas se já estamos acostumados a esperar o pior de qualquer governo, o primeiro governo de extrema direita da chamada nova república, nos desvelou um país de ódio, corrupção,  preconceito, machismo, burrice, e autoritarismo.  Que o Bozo tenha tantos apoiadores expontaneamente fiés ao seu fascismo, desmancha a imagem de cordialidade e alegria que sempre foi o hipocrita esteriótipo do brasileiro médio . Vivemos em um país de cocô e canalhas.

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

O ESPECTRO DO ULTRA DIREITISMO

A percepção do quanto Bolsonaro é asqueroso, autoritário, burro, e, certamente, portador de alguma patologia mental, cresce entre os nativos desta triste terra tropical em quase vésperas  de circo eleitoral. 
Os dias de liderança carismatica de um movimento politico conservador terminarão para p sr. Bostonaro com seu nefasto primeiro e unico mandato de  des-presidente. Mas seria ingênuo supor que com ele a onda da extrema direita no Brasil morrerá na praia. É bem possivel que o ultra conservadorismo  se reorganize em bases menos bizarras e continue explorando  a falência da esquerda e o desgaste dos políticos profissionais e seus rotineiros escândalos de corrupção. 
 Além  disso, um mundo marcado por tantas crises e incertezas pós pandêmicas é terreno fértil para os salvadores da pátria. E eles sempre surgem nos piores momentos da vida nacional. 
Em um Brasil sem futuro, o retrocesso é o prato principal, pois todos estão famintos de ordem. E ordem é o mais perfeito sinônimo do autoritarismo. Redundante dizer que neste país, por mais  que dado arranjo conjuntural pareça ruim, o pior sempre está por vir.
Depois que Bolsonaro se sagrou ptesidente, absolutamente tudo é possível.

BOLSONARO NA ONU

No show de horrores de mais uma performance de Bolsonaro na assembleia da  ONU nos deparamos com um Brasil fake que se torna cada vez mais realidade invertida de nossas proprias representações nacionais.
O Brasil conservador de bolsonaro é a confissão franca de nossa miseria coletiva, de nossa provinciana modernidade elitista, preconceituosa e rentista.
O Brasil sempre foi feito para o privilegio de minorias, é uma maquina de moer gente negra e mestiça que agora se reinventa como versão mais asquerosa e caricata do conservadorismo global.
O Brasil é tudo aquilo que odiamos em nós mesmos.

PS:  já sabemos que a imagem do metrô de Nova York é tão fake quanto discurso do bostonaro.

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

UM DESASTRE CHAMADO BRASIL

Muito antes dos europeus inventarem o Brasil, as terras daqui eram conhecidas como Pindorama.Palavra oriunda do Tupi-Guarani e significa- terra de palmeiras. Era o nome
que os indios tupi-guaranis chamavam a terra que habitavam, no período da chegada dos portugueses em 1500.
Seriam mais felizes estas terras se aqui jamais tivessem chegado os pestilentos europeus. Suas doenças conduziram a morte a maior parte da população local.A america portuguesa é o resultado deste processo de desastre civilizacional que se desdobra até os dias de hoje para os descendentes das populações nativas.
Maldito seja esse inventado Brasil!!!


domingo, 12 de setembro de 2021

SOBRE AS MANIFESTAÇÕES DE 12/09

As manifestações do dia 12/09, em resposta ao sequestro do 07/09 pelo bolsonarismo, não são em sua essência diferentes daquelas organizadas pela e$$querda. Ambas tem por horizonte, assumido ou não, a sucessão presidencial e se movem dentro de um cálculo institucional. Ambas não enxergam o fim da "nova república " , estão longe de uma mobilização  popular, horizontal e independente, que diga a sociedade contra o Estado, que retome 2013 em seu caráter mais libertário e generoso de reinvenção da política e da esfera pública. Nenhuma delas reinventa as ruas na composição dos corpos em multiplicidade e potência. O futuro ainda está por ser inventado. Por enquanto persistem os palanques e bandeirinhas partidárias enquanto avança o novo fascismo sobre todas as gramáticas do tempo presente e de " república velha".

SOBRE O IMPEACHMENT

O impeachment é, definitivamente, um instrumento elitista de destituição que depende do jogo legislativo. Indiferente a voz das ruas, os políticos profissionais decidem, ao sabor dos seus próprios  interesses, a manutenção ou queda de um governo, independente de todas as  suas inequívocas  transgressões das ditas " regras do jogo". Raramente as facções oligárquicas aceitam sem temor que o chefe do executivo seja destituído, pois isso traz fragilidade e instabilidade ao próprio jogo de poder oligárquico e seus diversos arranjos de manutenção da ordem. Mesmo no caso do Bolsonaro, que, paradoxalmente, é o principal adversário do seu próprio governo, por sua clara vocação autoritária. De um modo ou de outro, a desfuncionalidade do atual sistema político  sempre lhe garante sobrevida.
 
Para  mudar tudo isso é imperativo, antes de tudo, um movimento contundente e radical da sociedade civil, que supere os agenciamentos eleitorais e demagógicos, colocando na ordem do dia a sempre adiada questão da falência  da república. O cúmulo da falácia liberal é o argumento de que os três poderes estão  funcionando dentro da normalidade institucional sem o sequestro de diversos micro poderes que sustentam o conservadorismo da " velha " e da " nova política", a esquerda e a direita, diante de um "povo bestializado", indiferente ao bem comum.

Ou a sociedade muda a correlação de forças afirmando a autonomia e o poder constituinte da multidão, contra os profissionais da política, ou permaneceremos como eternos reféns da crise de representação e falência de governança de sucessivos governos.
mas, sobre o risco de impeachment hj, prevalece o elitismo oligárquico do veredito:

"O que acontece se o presidente da Câmara não arquiva nem aceita a denúncia? Há prazo para análise?

É nesta espécie de limbo que os pedidos de impeachment de Bolsonaro se encontram. Ao criar essa etapa de verificação pelo presidente da Câmara, o regimento não estabeleceu um prazo para que ela ocorresse."

sábado, 11 de setembro de 2021

O BRASIL COMO ELE É

O Brasil sempre fede a autoritatismo, elitismo e desigualdade social.Todo governo sustenta-se sobre este tripé da identidade nacional.
No Basil é sempre tempo de arcaismos e descalabros.


quinta-feira, 9 de setembro de 2021

NOTA SOBRE O SETE DE SETEMBRO II

Definitivamente, o Brasil não é mais o mesmo de antes do sete de setembro. O desgoverno Bozo acabou. Agora, o Napoleão de Hospício, começou uma inusitada campanha para ganhar mais um mandato sem eleição. Se bem sucedido, ele pede desculpas e fica tudo bem, pois é preciso preservar o princípio liberal da harmonia entre os três poderes a qualquer custo.
O país sem futuro, que sempre oscilou entre o mal e o pior, para o descarado progresso de suas elites, chega a passos largos ao fundo do poço do autoritarismo que sempre foi sua vocação colonial, imperial , republicana, pós histórica ou distópica.

NOTA SOBRE O SETE DE SETEMBRO

O sequestro do sete de setembro pelo bolsonarismo para descarado ato de campanha eleitoral, desafio a democracia, e demonstração de força politica, demonstra a fragilidade da formula liberal de estado de direito. 
Os poderes, seguindo em sua normalidade, permitem a um Napoleão de Hospício, no age de seu delírio golpista, fazer o que quizer sem qualquer responsabilização. Seguro pelo fisiologismo do parlamento, o verdugo sapatit e grita sob a dita democracia que para ele é uma forma de ditadura a ser inposta aos seus adversários por direito divino.

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

O DUVIDOSO FIM DA LEI DE SEGURANÇA NACIONAL

Chega a ser irônico que o fim da lei de segurança nacional criada pela ditadura militar não desperte muito entusiasmo. No fundo, a tipificação de crimes contra a "ameaça nacional" apenas foi transferida para o nosso arcaico código penal.
A cultura punitiva e autoritária que define, com ou sem ditadura, a ficção de nosso estado nação, esta velha fábula da modernidade, continua a reservar o rigor da lei para uso quase exclusivo contra as "classes perigosas" dos negros e "pardos" que entopem as prisões da velha republica de sempre. Segue existindo a polícia militar e a eterna ditadura social do capital e seu histórico de abusos em npme da segurança e da ordem nacional. Também será lembrado com ironia o fato da Lei de Segurana Nacional ter sido revogada justamente no governo ultra conservador do Bostonaro.

SOBRE O ETHOS NEOLIBERAL

 

O ethos neo liberal, que nos assujeita a racionalidade produtiva mais estrita, que nos reduz a condição de egoístas auto gestores ou empreendedores de nossa miséria, faz da consciência humana um mundo fechado de certezas duvidosas restritas ao pequeno horizonte dos indivíduos. 

Na agenda neoliberal, é preciso negar a morte, a caoticidade dos jogos de força e poder  que definem o campo de uma realidade social fraturada. É preciso negar tudo que é negativo, contraditório e esquisito, segundo a narrativa do bem viver normativo do progresso material e imaterial da vida privada.

O totalitarismo da consciência escrava de si mesma, tal como a velha ética protestante, convoca  todos, através da ilusão do ethos neoliberal, a condição de vencedores, quando cada um de nós já foi vencido por um mundo em colapso onde a necrose tecnológica apodrece as coisas e o corpo. 

Infelizmente, os jovens hoje em dia, crescem velhos demais para inventar uma saída ao atemporal de nossa servidão voluntária (sic). Eles sucumbem a falácia do otimismo de um mundo de faz de conta de consumo e progresso ilimitado, mesmo em tempos de emergência climática...

domingo, 29 de agosto de 2021

NINGUÉM SE IMPORTA

Ninguém se importa
se você chora,
passa fome,
deseja,
pensa,
ou fica doente.
Ninguém liga se você ama
ou vive um etetno luto.
Tudo que importa
é que você consuma
o que te consome
sem afrontar a paz social
de nossas violências cotidianas.

RESIGNIFICANDO O BRASIL

Brasil deveria ser o nome de um hospital onde a morte de muitos justifica a sobrevivência de poucos.
Afinal, em tempos de peste e de fome, o país se confunde com a geografia de um estado patológico.

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

VAGAS & OPORTUNIDADES

Há vagas para sonhadores,
loucos, subversivos e dissonantes.

Há oportunidades para poetas,
boêmios e quixotes.

A realidade anda em baixa,
o possível raso,
e a vida precária.

Há vagas e oportunidades
para os inimigos do tempo presente,
para os inventores de futuros urgentes,
que nada tem a perder,
adivinhando no peito
mundos dentro do mundo.

Há futuro para os caracóis
no horizonte aberto em cores vivas e luzentes de liberdade
e  autonomia.


segunda-feira, 23 de agosto de 2021

O FIM DA NOVA REPÚBLICA E O PRESIDENCIALISMO DE CASERNA



O cientista político Sergio Abranches cunhou o termo “presidencialismo de coalizão”  para descrever  nosso sistema eleitoral distópico baseado na promíscua relação entre executivo e legislativo na construção da governabilidade como composição de forças oligarquicas.
Tais arranjos  entre poderes definiu a política institucional de 1985 a 2018. Trata-se do ciclo político da chamada "Nova República", inaugurada com a constituição de 1988, e que teve seu fim decretado com a eleição disruptiva de 2018. 
O sistema político tradicional que sustentou o dito presidencialismo de coalizão ou de conchavo deteriorou-se  pela exacerbação do patrimonialismo, do clientelismo, da corrupção inerente a seu próprio funcionamento.  Em seu lugar, os anos bolsonaro, caracterizaram-se pela tentativa de introdução de um "presidencialismo de caserna" baseado em um estado de conflito permanente entre os poderes com vistas à uma ruptura institucional. O que virá em seguida será um novo pacto político entre as facções oligárquicas para consolidar a "velha politica" da "nova república" através da novidade do sempre igual de qualquer "parlamentarismo  de formação de quadrilha dos políticos organizados em conluio".
O fato é que nunca saimos dos anos vinte da " república velha"....


domingo, 22 de agosto de 2021

CONTRA A POLÍTICA DO RESSENTIMENTO E O AUTORITARISMO POPULISTA


As falas de Bolsonaro ( vulgo napoleão de hospício do Planalto) contra o STF , contra seus adversários reais e imaginários, desvelam algumas premissas do projeto distópico que ele representa e que não costumam ser devidamente consideradas.
Em seu populismo, ele pretende, antes de tudo, representar um povo contra um sistema corrompido. Seu autoritarismo deve ser referendado por mobilização popular, pois, a democracia, para ele, é um sistema hierárquico de delegação que institui  um poder soberano e autocratico, com direito de vida e de morte, legitimado pelo aplauso de uma multidão de fantoches.
 Trata-se de uma "democracia autoritária", do ideal de um atualíssimo "estado novo" capaz de passificar os apetites oligarquicos de todas as facções políticas em nome de uma ficção de nação que anule todos os conflitos e diferenças.
Tal como o populismo petista, o populismo bolsonarista, inventa-se a sombra do varguismo evocando o povo imaginário e ideal, a docilidade de um rebanho, contra uma república corrupta e em crise de representação.
Arranjos institucionais, tratativas elitistas palacianas dos profissionais dos três poderes, não tem efeito frente a vontade de potência populista. Contra seu veneno ideológico, só existe um antítodo: a afirmação da autonomia, da pluralidade e da mobilização da sociedade em nome da vida,  da soberania da multidão, da sua capacidade de criar, de desejar, reivindicar e afirmar o novo, a alegria, contra os afetos tristes de todas as crises, sem a tutela de qualquer poder ou  autoritarismo institucionalazado.
A vida é a bandeira política da liberdade que define a potência nômade das ruas contra os sedentarismos dos palácios, que institui o desejo organazado como máquina de guerra e a política como a grande festa do comum no desafio da instituição de uma nova agenda e esfera pública.
É preciso afirmar um povo contra Bolsonaro e seus seguidores, combater o ressentimento, o ódio e a tristeza que eles representam, com uma alegria intensa e transbordante, com a afirmação da natureza contra a barbarie civilizada das instrumentalidades das racionalidades doentes.

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

TERAPIA

Viver no Brasil exige terapia...

Sem emprego,
sem comida,
sem dinheiro,
muita gente
precisa de terapia
em um país onde a única solução
é morrer.




quinta-feira, 19 de agosto de 2021

ENGAJAMENTO

Não serei cúmplice
do nosso horror cotidiano,
nem irei me conformar
em ser mais uma de suas vítimas.

Através de todas as formas de ser e pensar
farei dos meus mínimos jestos
um ato de protesto.

Hei de ser sozinho uma multidão furiosa,
um ponto cego na multidão confirmada.

Meu tempo é o agora que se desfaz,
minha hora é urgente!

Enquanto o mundo não muda,
mudo eu através da luta.

BRASIL: PAÍS SEM FUTURO

Para S. Zweig em "Brasil, país do futuro", o país era  um continente, um mundo,  de solo opulento e intacto, da qual apenas a milésima parte foi aproveitada, e que guardava um grande potencial civilizatório. Evidentemente, seu Brasil inventado, era uma forma de esquecer a barbarie euopéia da segunda guerra mundial e ressignificar seu exílio nos trópicos .
Mas é no minimo irônico o quanto,neste nosso presente, antigo futuro da epoca de lançamento do livro, o Brasil seja, mais do que nunca, um país sem futuro, condenado a sua própria barbarie e a miséria de sua realidade social e política. Só mesmo um estrangeiro poderia ter vislumbrado um futuro de properidade em um país que sempre se alimentou do conservadorismo e da miséria.
 Hoje em dia, certamente, o literato vislumbraria a sombra de qualquer distopia para escrever sobre o Brasil. Seu país do futuro ficou no passado.
Bom lembrar que, lançado em agosto de 1941, na vigência da ditadura vargas, o livro mais parecia peça de propaganda wncimendada owlo D.I.P., embora não fosse o caso.

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

BOLSONARO X DEMOCRACIA

Bolsonaro não passa de um napoleão de hospício cujo delírio paranóico é sentir-se perseguido por todo mundo que tem bom senso e não o reconhece como comandante supremo das forças armadas e milicianas tupiniquins.
Apenas em um país de políticos corruptos e fisiológicos, povo moldado por uma tradição autoritária, e instituições duvidosas, a ordem instituicional suportaria por tanto tempo um aloprado que todos os dias desafia a democracia, põe de forma cada vez mais escancarada, na ordem do dia, a demanda de um golpe de extrema direita que afunde de vez o país no obscurantismo.
Um detalhe realmente preocupante é que não exista, até o momento, nenhum adversário político que o ponha em seu devido lugar. Diante disso, é o poder judiciário que consolida como obstáculo aos abusos do executivo e do legislativo. Resta, entretanto, saber até quando. Afinal, o bolsonarismo é uma ameaça muito maior do que bolsonaro e tende a superá-lo como agrutinador dos conservadorismos de diversas matrizes que hoje procuram hegemonizar a vida politica nacional em todos os planos,na lei ou na marra.

MISÉRIA E ELITISMO

No ano passado, segundo o relatório apresentado
pelo Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (Pnud), o Brasil perdeu cinco posições no ranking mundial do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e passou do 79º para o 84º lugar entre os 189 países participantes do estudo.
O IDH brasileiro foi de 0,762, em 2018, para 0,765, em 2019. O reaultado não reflete , ainda, o impacto da pandemia sobre os indices de desenvolvimento humano, ou o resultado seria significativamente pior.
A precariarização da vida humana no Brasil é também um sintoma da irracionalidade das hierarquias sociais e politicas que sustentam o bem estar de uma minoria as custas da miseria da maioria. Tal miséria, entretanto, não é apenas econômica ou social. Ela é acima de tudo cultural. Pressupõe um ethos hierárquico de produção da vida comum e das subjetividades que lembram muito mais uma sociedade rigidamente estamentada do que dividida em classes, ao gosto das velhas representações liberais do mundo pós industrual.
A naturarização da miséria e da exclusão é um dado sombrio da realidade nacional que remonta a eacravidão como instituição hierarquizadora que organiza a sociedade em função do bem estar e progresso de elites.
Por mais que entre nós se apregoe certa modernidade e globalização dos costumes, estamos longe de pertencer ao ocidente europeu do hemisfério norte. Somos no sul do mundo qualquer miserável projeto de estado nação que sobrevive do seu próprio passado.

terça-feira, 17 de agosto de 2021

APÁTRIDAS

Um hino,
uma língua,
um território
ou Estado,
não fazem uma nação.

Não somos um povo,
mas muitos, tribos,
e crãs,
que não se curvam
a nenhuma bandeira
ou inventada tradição.

Somos multidões,
potências de livres sociedades
contra a história,
inimigos de toda escravidão
e tirania
de uma meta narrativa de opressões exercidas em nome da razão e do progresso de una ordem insana.

Nosso desejo não tem pátria,
é resistência e rebelião.

BOLSONARO E O FIM DA NOVA REPÚBLICA

Sem qualquer programa de governo identificável, ao longo de sua ocupação do troninho presidencial, Bolsonaro dedicou-se a afirmar uma pauta ultra conservadora asquerosa, avacalhar as instituições democráticas, e promover uma política de morte ao longo da emergência sanitária que ainda devasta o país e o mundo. 
Causa espanto que ele ainda não tenha sido arrancado de seu nefasto mandato, pelo conjunto da obra, que inclui o descarado aparelhamento do Estado para execução de uma política personalista e autoritária, além de tentar engavetar escândalosas denuncias de corrupção envolvendo sua família e aliados.
das rachadinhas ao gabinete do ódio, passando pela devastação da Amazônia, Bolsonaro já merece o titulo de pior presidente de todos os tempos.
Uma democracia onde alguém como Bolsonaro consegue se manter no cargo, é no minimo duvidosa. Isso nos faz temer pelo futuro, pois sabemos que com ele inaugou-se um novo autoritarismo, um partido militarista que desvela a sombra da ditatura que sempre rondou nossa transição democratica.
Não faz diferença quem vai ganhar as próximas eleições. O fim da nova república é evidente pela hegemonia do fisiologismo do chamado centrão na definição da república, já que foi ele quem, não só viabilizou a aprovação da constituição de 88, como também sustentou, até agora, todos os governos que se estabeleceram, desde então, na base do toma-lá da cá e da demagogia do duvidoso bom funcionamento das instituições e harmonia dos três poderes.
Bolsonaro só é perigoso porque nossa dita democracia não tem povo, é uma festa privada para elites de todos os tipos.


segunda-feira, 9 de agosto de 2021

TEMPOS SOMBRIOS

Hoje em dia os conceitos não se plestam a definir a realidade, mas servem para desconstrui-la, Tamanha a distância entre as representações do real e sua imanência, entre a brutalidade da experiência concreta e as expectativas mais generosas de nossas convicções e valorações do mundo comum.
São tempos tristes para os otimistas e desesperadores para os pessimistas. Já não há projetos, esperanças ou sonhos que nos faça acordar todos os dias, seguir em frente, quando a própria sociedade parece colapsar.

O ASQUEROSO BRASIL DA ERA BOLSONARO

Bolsonaro será lembrado como o ocupante do troninho da presidência da republica que inaugurou os tempos sombrios de incerteza da democracia. 
Também será lembrado como um napoleão de hospicio que revelou o conservadorismo mais perverso, pois elitista, racista e autoritario, como um traço vivo da cultura nacional, ainda capaz de sustentar uma politica de ódio, preconceito e violência. Depois dele, será difícil sustentar a ilusão de que o Brasil é um país alegre e hospitaleiro. A perversidade social e politica que desde sempre sustentou este eterno projeto de estado nação, inventado na antiga america portuguesa, para exclusivo beneficio de elites tacanhas, agora esta globalmente exposta através dos atos de um insensato ,  genocida e corrupto politico militarista e golpista. Mas ainda alcançaremos dias em que finalmente deixaremos sua memória apodrecer merecidamente na lata de lixo da história.

sábado, 31 de julho de 2021

SEMI PRESIDENCIALISMO E FALÊNCIA DA REPÚBLICA

A cretinice dos politicos tupiniquins não tem limites. Diante do imperativo de mais um impeachment, que escancara de vez a crise das oligarquias que monopolizam o poder institucional e a falência do sistema politico nacional, alguns, como Michel  Temer, ex vampiro do planalto, tem a cara de pau de propor um "semi presidencialismo" como  alternativa milagrosa a podridão da dita vida pública verde brega amarela. O que, entretanto, me parece muito claro, é  que tal proposta, longe de superar o nefasto presidencialismo de coalização, leva as últimas consequências a creptopolitica que ele representa, consolidando um parlamento estruturalmente fisiológico, coorporativo, elitista, e corrupto, a condição de condutor absoluto dos arranjos de uma esfera pública restrita, característica de uma república de conchavos e negociatas infinitas onde a figura patetica e potencialmente autoritaria do presidente da república, que já  é uma caricatura de si mesmo,  um agenciador do parlamento na prática do toma lá dá cá, ganha como coadijuvante um primeiro ministro, um administrador de cabaré.
Semipresidencialismo no Brasil é unir toda cafagestada partidaria, de direita e esquerda, sob a palavra de ordem: ninguém rouba mais que ninguém. Pois no fundo, tal arranjo de poder, não passaria de um novo pacto entre as facções oligarquicas que sequestram, sempre de novo a cada circo eleitoral, a soberania da multidão e a potêncial autonomia de uma população  cada vez mais refém de um Estado genocida.
Diante da falência  da república,  resta ao "povo" o caminho da rebelião e da soberania das ruas.
Fora todos!!!
Que se faça impeachment ou recorreremos a guilhotina!!!

sexta-feira, 30 de julho de 2021

PRIVATIZAÇÃO

 

O dia seguinte fechou as portas,

Por falta de esperança, dinheiro,

e coragem.

 

Estamos quase morrendo de fome,

enquanto a economia prospera

e os corruptos fazem sua festa.

De tanta ganância ,

privatizaram o futuro.

quarta-feira, 28 de julho de 2021

RADICALIDADE POLÍTICA

Defendo a politica dos desajustados,
dos que não acreditam no país,
no Estado e na sociedade atual.

Defendo a política  dos que resistem a polícia no coração  das ruas,
daqueles que não tem posses
ou status sociais,
dos que nada tem a perder.

Defendo a política dos desesperançosos,
dos desatinados,
dos enlouquecidos
e irrazoaveis.

Defendo a politica dos que exigem o impossível 
e estão  dispostos a fazer a terra tremer.

domingo, 25 de julho de 2021

DERRUBEM AS ESTÁTUAS!

Para quem não se lembra , foi a remoção da estátua de um general escravista que desencadeou em 2017 a marcha racista de Charlottesville, nos Estados Unidos. Já durante as ondas de protestos no Chile durante 2020 diversos monumentos nacionais foram também atacados. Não  faltam exemplos, em outros contextos e países, de uma performance rebelde de desconstrução da memoria oficial do Estado Nação,  cujos heróis são  agentes de poder e opressão , símbolos de dominação, racismo e elitismo. Tal memória do poder vem sendo afrontada pelos novos movimentos sociais. Não  apenas no sentido de produzir outras narrativas historicas a partir da cultura dos de baixo, como também desligitimizar uma cultura da opressão que até  hoje se confunde com a cinica retorica da repressão em nome da manutenção  da ordem vigente, sempre descrita comoa melhor possivel, mesmo que só serve para garantir privilégios e desigualdades.
O ataque  ocorrido em São  Paulo durante os atos anti bolsonaro de 24/07 contra uma homenagem a um bandeirante de execrável biografia, não é  inédito nem em São Paulo e, certamente, não  será  o último. Torço para que iniciativas como essa se tornem mais frequentes como estratégia de reinvenção  do espaço  público através do regate e construção de uma memória dos vencidos, dos de baixo, que nos cobduzam a uma cultura cada vez mais plural e libertaria.
 

sábado, 24 de julho de 2021

GERAÇÃO Y

As gerações pós internet,  ao contrário das anteriores, já não ecoam a generosidade revolucionaria e rebelde da geração do pós guerra. São crias mediocres do capitalismo tardio e do neo liberarismo,  consumudores por excelência , egoistas por natureza, e vaidosos por vocação. Esperam ingenuamente reinventar o mito do progresso em um mundo em ruinas através de um neo conservadorismo tosco.

IMPEACHMENT X SEMI PRESIDENCIALISMO

Em um novo dia de sábado dedicado a protestos em todas as grandes capitais pelo impeachment de Bolsonaro, é mais uma vez patente a indiferença das oligarquias politicas, entrincheiradas nas instâncias de poder estatal, a voz das ruas. Interpretadas por elas, erroniamente, como mero palanque dos setores oligarquicos oposicionistas, as manifestações não afetam o jogo elitista do poder monopolizado pelos profissionais da politica que, como alternativa ao impeachment e as mazelas do atual sistema politico, ensaiam um " semi presidencialismo" como altwrnativa ao impeachment. Mais do que nunca é preciso repetir que fora Bolsonaro é pouco.  É preciso quebrar a dominação oligarquica, arrancar os privilegios dos ditos representantes do povo; gritar fora todos!
Soberania é autonomia popular,  não cabe nas urnas ou no fisiologismo dos partidos politicos. Infelizmente,  ainda estamos longe de reinventar a politica contra o julgo oligarquico. 

quinta-feira, 22 de julho de 2021

DEFININDO A DEMOCRACIA AUTORITARIA

A velha republica oligarquica hoje , em tempos democraticos, oscila entre o formalismo juridico da democracia e o autoritarismo pragmatico da autoridade que sustenta o jogo do poder. A multidão  é uma força ignorada na composição  dos atores coletivos que definem a ordem vigente em uma sociedade de privilégios. 

sábado, 17 de julho de 2021

A FALACIA DO VOTO IMPRESSO

Impresso ou eletronico, o voto no Brasil vale muito pouco, e, os ditos representantes do povo e suas máquinas partidarias, atuam desde sempre em função de interesses escusos e privados. Estão mais interessados em usurfluir de privilégios do que produzir o bem comum reafirmado pela ilusão sagrada da farsa eleitoral onde o vwrdadeiro eleitor é o dinheiro. 
A cruzada bolsonarista em defesa do voto impresso é, neste sentido, uma falácia. Afinal, até vinte cinco anos atrás era justamente o voto impresso a maior garantia de armações e fraudes eleitorais  correntes nos currais e zonas deste sempre calamitoso Brasil. Os defensores do voto impresso estão pouco interessados no rigor do sufragio.  Para eles o que importa é  justamente ganhar na lei ou na marra em tempos de polarização ideologica e golpismos. O que importa discutir é  a falência do atual sistema politico oligarquico e elitista.

quinta-feira, 15 de julho de 2021

SOBRE A SAÚDE DE BOLSONARO OU MORRA O DORICO!

É  fato que a polarização politica que passou a dar o tom dos debates politicos no Brasil,desde 2014, tem um tom autoritario,  uma vocação a reduzir a politica a lógica belicista do amigo/inimigo. 
Não há lugar para empatia ou qualquer lealdade entre adversários, como demonstra os discursos majoritarios e midiaticos que dominam as redes sociais.
Mas é preciso também que se diga que tal cultura é em grande parte alimentada pelo poder executivo e o bolsonarismo cuja eficácia depende desta gramatica autoritária e de ódio. 
Não deve, portanto, causar surpresa que Bolsonaro, ao explorar sua saúde debilitada  como capital politico, seja vitima da mesma aversão e falta de empatia  que ele dedica aos seus adversários.
O narcisismo aloprado do atual chefe do executivo o torna indigno de qualquer compaixão pelo seu comportamento perverso  e anti democratico. Não  faz sentido ter pena do Bolsonaro. Merece ele gritos de "Morra o Dorico!" em praça pública. 

SOBRE A POTÊNCIA DO COMUM

Não  me interessa a saúde do presidente,
o futuro da república, 
ou a reeleição do deputado.

Todo poder degrada.

Quero saber do comum,
da vida comum,
do homem comum,
do futuro comum,
que segue sempre em potência 
na contramão do poder.


segunda-feira, 5 de julho de 2021

PARA ALÉM DO IMPEACHMENT

Em um país  onde a falta de transparência, corrupção , arbitrio e demagogia, definem a pitica institucional, o impeachment drmonstra ser um dispositivo institucional inadequado. Afinal, ele depende do fisiologismo do parlamento frente aos recursos do executivo. Longe de um julgamento politico, acaba sendo,  na pratica, a consumação do fracasso de arranjos e alianças obscuras entre as tendências oligarquicad, sempre mais preocupadas com a manutenção  do jogo do poder e da ordem que lhes assegura a sobrevivência. 
Caberia a população,  tirar pelo voto o parasita que por ele foi legitimado.
Indo ainda mais longe, caberia, para a radicalização  da democracia, aprimorar os mecanismis de participação popular diminuindo a autonomia das oligarquias para legislar contra nós em sua realidade oaralela de pequenos e grabdes negócios privados que hoje dominam a vida pública e nos faz sonhar com guilhotinas em praça pública. 

sábado, 3 de julho de 2021

ATOS FORA BOLSONARO: 3 DE JULHO/ 2021


ATOS FORA GENOCIDA 03 DE JULHO DE 2021

Os atos de sábado contra Bolsonaro ganham cada vez mais a forma de uma primavera dos movimentos sociais pós 2013, inventam corpos compostos na urgência de muitas angustias acumuladas pelo desafio da sobrevivência em um país que nunca deu certo.

São tempos de dor, protesto e incertezas, onde se forja a autonomia e a soberania da multidão  contra o intolerável  da ordem vigente das coisas , baseada na equivalência da vida e da morte, na desvalorização  do existir comum e do totalirarismo do universal e do infinito progresso anti natural.

Ninguém mais está sozinho.
Nossas revoltas seguirão em comunhão até que tudo estremeça e outros possíveis futuros selvagens amanheçam em natureza contra o passado e o presente colonial da civilização da peste e do pesadelo pós industrial.


sexta-feira, 2 de julho de 2021

IMPEACHMENT , PODERES E AUSÊNCIA DE POVO

No atual jogo oligárquico do poder, o impeachment do Bozo se confunde cada vez mais com a falência definitiva do presidencialismo e a emergência de um novo elitismo político protagonizado pelo fisiologismo legislativo.


 O banditismo político partidário nunca esteve tão  em alta, como nunca foi tão  claro o divórcio entre os três podres poderes de nossa indigesta república.

Infelizmente,  nos falta ainda um "povo" e sobram maracutaias e esquemas de corrupção elitistas e criminosos que atestam a estrutural privatização das instituições e negação absoluta do bem comum.

quinta-feira, 1 de julho de 2021

REVOLTA E REVOLUÇÃO

Esta ordem que serve a poucos,
que nos oprime e conforma,
há de um dia ser quebrada
pela vontade popular e soberana.

A primavera da liberdade
há de chegar qualquer hora
afirmando a vida contra o poder.

A força criadora da imaginação 
triunfará sobre o controle.
E o passado será finalmente assassinado
por um futuro furioso.




ECONOMIA E SOCIEDADE

Estou farto do meu consumo de falida classe média  em um país  de miseráveis. Dos absurdos lucros dos empresarios, politicos e fazendeiros. 
Estou farto de tanta desigualdade,  capitslismo rentista e financeiro.
Estou farto do Estado, da República oligárquica, e de nossa asquerosa tradição autoritaria.
É  dificil respirar no Brasil....

quarta-feira, 30 de junho de 2021

A DECADÊNCIA DE BOLSONARO

Desgastado pela CPI do genocidio e pela cruse economica, social e sanitária na qual mergulha o país, é  cada vez mais dificil par Bolsonaro alimentar a possibilidade de um golpe para consagrar seu projeto populista autiritario de poder.
Também lhe parece cada vez mais distante um cenário de
crescimento da economia, fim da pandemia e aumento expressivo da arrecadação que lhe permitam implementar uma politica assistencialista e denagogica para salvar sua popularidade.
Pragmática, a marfia partidaria do chamado centrão, já não lhe é  tão  fiel é cobra caro pelo sustento parlamentar que pode não  se manter no circo eleitoral de 2022.
Coroando a falência do presidencialismo, seja ou não  de coalizão, iniciada nos anos Dilma, Bolsonaro passará para história  como uma caricatura de chefe de Estado que ousou sonhar-se ditador e mito de um país de ovelhas mansas é obedientes. Não  contava ele com a complexidade da realidade e da política onde as verdades unicas já não  triunfam pela simples teimosia é truculência.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

A NOVA GUERRILHA DA FLOR

Germina no asfato da angustia
uma revolta em forma de flor.
Ela busca o sol e um futuro
contra a estrada e o progresso 
de um mundo despido de amor.

Ela espera do céu  tempestades,
trovões e raios contra a cidade!
A flor tem  uma beleza selvagem,
ergue espinhos contra o poder da paisagem.

Que haja uma guerra de vida,
que faça dos jardins, utopias,
contra a ordem do cimento e pregresso.

Que seja o tempo e a hora
das guerrilhas de espinhos na luta da flor!!