Aos veteranos das Diretas Já, deve parecer bizarra a ascensão de uma
nova direita no cenário politico tupiniquim pós 2014. Principalmente pela
inspiração de alguns setores mais lunáticos que vislumbram uma conspiração
comunista em andamento para converter o país em uma nova cuba. Mesmo sem considerando
o fim da guerra fria e a decadência do socialismo real, tal formulação
delirante é suficiente para atestar o nível de maluquice com o qual hoje
estamos lidando.
Por outro lado, temos uma esquerda apática e caduca pulverizada em
partidos institucionalmente fracassados, pragmáticos e sem muita ideologia que
nem de longe possuem condições para representar a esquerda ou construir
qualquer projeto de poder minimamente transformador.
Ao contrario da afirmação da democracia e a revitalização da politica
que caracterizou os anos de redemocratização, quando todas as expectativas e sonhos pareciam quase possíveis, assistimos hoje a mediocridade de formulações mesquinhas e
vazias de qualquer projeto politico que transcenda o consenso dos males da
corrupção.
Isso, como se a corrupção fosse apenas um fato politico e não um ethos
social que vai desde fraudar o imposto
de renda, estacionar na vaga de deficientes até bater na mulher e cobrar um
preço extorsivo por determinado serviço.
Corromper-se é um ato, ao qual, os tupiniquins estão muito habituados, embora
tanto a nova direita e a velha esquerda, comprometidos com a hipocrisia e a
miopia nacional não deem a mínima atenção ao fato.
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