Manifestações conservadoras
levaram no ultimo domingo milhões as ruas das principais cidades tupiniquins em
manifestações contra o governo e a corrupção. O tom nacionalista ( e o nacionalismo nunca é um bom sinal) insinuava
uma releitura das jornadas de julho de 2014, quando, a partir do movimento
Passe Livre, um novo movimento social, apartidário e plural, afirmou-se, com
uma pauta e discurso à esquerda, como um novo ator social e expressão contundente da
necessidade de uma nova cultura politica.
Em que pese o caráter conservador
das manifestações de domingo, não há como negar sua legitimidade do ponto de vista do exercício da liberdade
em uma democracia.
O dilema agora é saber os rumos
desta insatisfação cada vez mais orgânica com a atual situação do país. Qual
pauta politica pode gerar transformações e propostas que levem a transformação
do atual sistema politico.
Não se trata, afinal, de um
combate ideológico vazio entre o bem e o mal ou entre direita e esquerda. Isso
é pura miopia. Trata-se sim da busca pela afirmação da radicalidade democrática
e de um Estado mais transparente e
permeável a ingerência da sociedade civil.
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