Tenho
profunda aversão pelas celebrações oficiais e pela construção de identidades
coletivas associada a sentimentos nativistas. Por tal razão, as comemorações
dos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro me causam náuseas. Afinal, no discurso
da versão “autorizada” e institucional, fica muito clara a intencionalidade de
impor as consciências domesticadas, a
representação de uma cidade ideal que só existe na imaginação delirante da mídia
corporativa e propaganda estatal. A cidade real e seus problemas e contradições
são relativizadas pela invenção de uma “identidade
carioca” e suas supostas virtudes.
Não
importa se o cotidiano carioca anda uma merda, o mais importante é que ser
carioca é um privilégio.... No fundo tudo não passa de propaganda vazia para as
Olimipiadas de 2016 na cidade.
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