segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

O CARNAVAL DE HOJE

O carnaval tornou-se um mero produto da industria cultural. Um espetáculo pre fabricado e um grande negócio onde a fantasia coletiva foi domesticada, triturada e reciclada, para não dizer nada no dizer de tudo. 

Apenas siga a multidão em simulacros de diversão e alegria contra o seu cotidiano vazio. Faça de conta que vale a pena. O mais importante é esquecer a realidade.  Esqueça a miséria e contradições do cotidiano. Pule e brinque como um idiota. 

O Brasil é um país de alucinados, louco e delirantes, que suportam risonhos todos os absurdos. Sorria, seja brasileiro. Viva a alegria, vista sua fantasia, enquanto a realidade lhe mata aos poucos. 


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

BRASIL: PAÍS SEM SOLUÇÃO



O noticiário político tupiniquim anda um caso de polícia. Os desmandos e indecências dos políticos surpreendem cada vez mais.  Seja por corrupção, incompetência, cinismo ou absoluta indiferença ao interesse público, as autoridades verde amarelas comprovam a cada dia, a cada atitude e nova noticia de jornal, que o pais perdeu o rumo e segue ladeira abaixo.

Soluções?! 
Não da para esperar que algum político nos salve da política.

Também seria ingênuo esperar uma revolta popular.
Muito menos é provável que o Judiciário propicie uma resposta aos desmandos do Executivo e do Legislativo. Afinal, ele também é um podre poder.

Simplesmente, o absurdo neste país não tem mais limites e não há salvação. 
ENLOUQUEÇAM!!!!!!!


CAOS E CARNAVAL



Carnaval e violência andam de braços dados em terras tupiniquins. Pode-se dizer que a festa da carne nos últimos anos vem flertando cada vez mais com o caos. A culpa disso não é, obviamente, do carnaval em si. Mas do arcaísmo e gritante atraso nacional em todos os campos da vida social.

Não pretendo aqui qualquer critica de caráter moralista ao carnaval. A amoralidade carnavalesca é saudável. O que acontece no Brasil neste período é coisa bem diferente. Trata-se de uma variação da barbárie cotidiana que reflete a falta de civilidade corrente em terras tupiniquins. Assalto a pedestres, desrespeito as mulheres, brigas e todos os tipos, sujeira nas ruas...  a isso tem se reduzido o carnaval.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

POR UM POUCO DE DEMOCRACIA DIRETA



Nada mais equivocado do que a previa submissão a autoridade, a premissa de que o Estado e os políticos possuem legitimidade para fazer de tudo. Aceitar a lei contra o que é justo viola o bom senso social. A contra partida do poder institucional é a opinião publica e não há democracia plena que não leve em consideração a voz e a ação das ruas. Os muros do poder devem ser derrubados e os dirigidos precisam questionar seus dirigentes. O futuro depende mais da democracia direta do que do artificialismo do sufrágio.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

O VAZIO DAS REFORMAS



É consensual entre os atores coletivos a necessidade de uma ampla reforma do poder e repactuação entre Estado e Sociedade. Mas para as oligarquias políticas qualquer reforma passa pela manutenção de seus privilégios, de sua hegemonia. Ou seja, deve-se reformar para não mudar nada. Assim, a bandeira das reformas, na boca dos políticos profissionais, torna-se um engodo. A iniciativa popular, por outro lado, é uma saudável pratica democrática que ainda não chegou em terras tupiniquins. Assim, vamos nos acostumando com um Estado que não funciona e votando nos políticos de sempre como se nada mais fosse possível.


No fundo, entre os tupiniquins,  acredita-se muito pouco na democracia.

A FALÁCIA DA "REVOLUÇÃO BRASILEIRA"

Nos anos 60 e 70 do ultimo século as narrativas desenvolvimentistas de esquerda tupiniquim ainda podiam afirmar a ideia de uma “revolução brasileira”, de um processo de emancipação política e econômica que conduziria o país a plena modernidade. Autores como Caio Prado Jr eram então muito populares e acreditava-se de modo geral que havia alguma coisa como um “processo histórico” que fazia de meia dúzia de iluminados os interpretes de um futuro anunciado. 


Atualmente, em tempos de decadência das utopias, tal otimismo político não mais se sustenta.  O Brasil se reduz aquilo que de fato é: um país de periferia avesso ao contemporaneidade onde todo progresso se faz em nome do arcaísmo. Nenhum projeto de poder, patrocinado por esta ou aquela oligarquia política,  nos levará algo diferente da lógica do novo como sempre igual.


Precisamos agora de uma boa dose de realismo diante das precariedades tupiniquins. A começar pelo reconhecimento da mediocridade de sua classe política e incompetência da sociedade para organiza-se. Afinal, o privado por aqui sempre importou mais do que o publico. O que explica em parte como se deu por aqui esquemas de corrupção tão sofisticados e sistemáticos. 


A premissa de qualquer analise de conjuntura sobre o Brasil é a constatação de que ele é um problema sem solução.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

A MONSTRUOSIDADE DO ESTADO

Em um mundo no qual a política se reduziu a sinônimo de administração publica das coisas e, consequentemente, a controle social, os velhos recortes ideológicos de direita e esquerda já não fazem mais sentido. O Estado é sempre o mesmo, não importa a retórica ideológica. Políticos são sempre políticos e cada um de nós é contribuinte e refém d e uma monstruosa maquina publica. Somos todos vitimas do Estado. Mas no caso brasileiro, não apenas pela tirania velada pela dicotomia dirigentes/dirigidos. Sobre nós se abate também a calamidade de uma administração publica corrupta tanto quanto incompetente. O Estado no Brasil, além de monstruoso é burro, doente, caro e incompetente. E digo mais uma vez, isto independe da ideologia de governo.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

O BRASIL DE HOJE E SEMPRE



Os desequilíbrios estruturais provenientes de uma economia incerta e um baixo nível de industrialização explicam desde sempre os problemas de países como o Brasil. Mas no caso brasileiro a pejorativa condição de “terceiro mundo” não é suficiente para definir o arcaísmo nacional. 

No fundo, no Brasil se cultiva o conformismo social. As mais radicais mazelas e desmandos políticos/ administrativos são tolerados. Pouco importa qualquer eventual  mal estar expresso pela opinião publica. No Brasil a indignação é  mais uma retórica do que um convite a ação ( ou reação). Não faltam também os engodos ideológicos, demagógicos e as promessas constantes de um futuro promissor apontado por qualquer discurso de salvação nacional.

Enquanto isso nossas vidas passam e lamentamos cada vez mais os infortúnios aos quais estão  desde já condenadas as futuras gerações.