Nos anos 60 e 70
do ultimo século as narrativas desenvolvimentistas de esquerda tupiniquim ainda podiam
afirmar a ideia de uma “revolução brasileira”, de um processo de emancipação
política e econômica que conduziria o país a plena modernidade. Autores como
Caio Prado Jr eram então muito populares e acreditava-se de modo geral que
havia alguma coisa como um “processo histórico” que fazia de meia dúzia de
iluminados os interpretes de um futuro anunciado.
Atualmente, em
tempos de decadência das utopias, tal otimismo político não mais se sustenta.
O Brasil se reduz aquilo que de fato é:
um país de periferia avesso ao contemporaneidade onde todo progresso se faz em
nome do arcaísmo. Nenhum projeto de poder, patrocinado por esta ou aquela
oligarquia política, nos levará algo
diferente da lógica do novo como sempre igual.
Precisamos agora
de uma boa dose de realismo diante das precariedades tupiniquins. A começar pelo
reconhecimento da mediocridade de sua classe política e incompetência da sociedade
para organiza-se. Afinal, o privado por aqui sempre importou mais do que o
publico. O que explica em parte como se deu por aqui esquemas de corrupção tão
sofisticados e sistemáticos.
A premissa de
qualquer analise de conjuntura sobre o Brasil é a constatação de que ele é um
problema sem solução.
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