sexta-feira, 28 de abril de 2017

REALISMO POLÍTICO

Não acredito em soluções políticas,
na racionalidade do Estado
ou na hipocrisia dos representantes do povo,
dos burocratas, juízes e policiais.

Também não acredito no poder popular,
nas promessas dos demagogos.

Não me seduz nenhuma utopia.
Sei que a realidade e a ordem estabelecida 
é feita de muitas mentiras.

vivemos de falsas esperanças ingenuas
em meio ao absurdo e ao caos.

Não acredito em boas respostas, planos
e propostas administrativas.




sábado, 22 de abril de 2017

HISTÓRIA DO BRASIL

Entre o trágico e o medíocre
o Brasil se afirmou piada
as margens da História da Humanidade.
Primeiro como ilha de vera cruz,
depois  como terra de santa cruz.
Nunca deu certo
nem mesmo no nome.
Virou império sem colônias,
republica de bestializados
e, finalmente, em tempos recentes,
se refundou como propinolândia.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

BRASIL: O ESPETÁCULO DO RIDICULO

Nos tornamos tele cidadãos  vivendo  sonâmbulos  em nossa imaginação de país. A pós verdade  de nossas convicções midiáticas e, até mesmo indignações, carecem de autenticidade. Apenas fazem parte do espetáculo social.

a inercia das massas de zumbis  consumistas sustenta o livre mercado das necessidades do Estado privatizado enquanto os políticos simulam normalidade e ordem.

Cabe a você votar, pagar seus impostos e simular felicidade. Em caso de dúvida ligue a TV.

Toda  realidade é ridícula...
SONHE!

SOBRE A VIRTUDE DA REPRESENTAÇÃO ( OU SOBRE A FALTA DELA)

Em uma democracia, espera-se que o poder político seja consagrado aos mais virtuosos e bem intencionados através do sufrágio universal.  Pressupõem ainda que os eleitores sejam tão bem intencionados quanto  seus  representantes. Isso significa que para que uma democracia funcione exista algo que chamarei aqui de virtude da representação.

A realidade, entretanto,  passa longe das boas intenções, apresentando-se o jogo democrático como uma falsificação ou embuste, uma vergonhosa paródia de seus próprios princípios.  Em republiquetas como a brasileira, a canalhice e a hipocrisia, e não a virtude, são as credenciais dos participantes do  jogo do poder. O populismo de esquerda ou de direita da o tom do  circo democrático onde as massas desempenham  o papel de plateia em surpreendente cumplicidade.

Mesmo quando a corrupção torna-se escândalo midiático e vedete do noticiário, não há entre a população ares de perplexidade ou indignação. Afinal, as falcatruas políticas são admitidas de longa data. Ninguém confia nos políticos ou espera que o Estado funcione.

A ausência de uma virtude da representação  define a cumplicidade entre eleitos e eleitores que não esperam grande coisa da democracia e se quer de si mesmos.  Diante de tamanha mediocridade coletiva é impossível esperar algum final minimamente descente para o estado de corrupção generalizada que define a atual conjuntura tupiniquim.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

BREVE FRAGMENTO DE JEAN BAUDRILLARD SOBRE A CORRUPÇÃO

Uma inspirada passagem de um antigo artigo de Jean Baudrillard, escrito em 1996 para o jornal parisiense  Libération, me faz ainda pensar sobre a descarada desfuncionalidade da política contemporânea. Através dele aprendo a rir da grande piada que é o ideal republicano e as decantadas virtudes da "cidadania":

" No fundo ninguém cre na democracia. Todo mundo sabe obscuramente que qualquer sistema funciona na negação de seus próprios princípios, transgredindo as próprias regras. E essa resignação quanto aos princípios alimenta um consenso vergonhoso sobre a regra do jogo escondida, imoral, desta sociedade. A corrupção, na democracia, equivale à reconversão do privilégio ( da lei 'privada'), regra das sociedades anteriores, a vertigem da depilação suntuária- simplesmente tornada ilegal, o que aumenta ainda mais o seu charme.
Assim, a própria corrupção é uma função vital. A corrupção como mecanismo secreto da sociedade inteira, como força política, como serviço público."

 Jean Baudrillard in O Espelho da Corrupção - Tela Total: Mito ironias do virtual e da Imagem.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

O MALOGRO DA RAZÃO POLÍTICA E A MISÉRIA DA MODERNIDADE

A gramática da modernidade valorizou demasiadamente os enunciados políticos e narrativas de poder. Apostou deliberadamente na ilusão de uma emancipação política legitimada pela Filosofia da  História e do progresso inspirados pela dialética hegeliana, que não reconheceu seu componente negativo e as formas corrompidas do social. Não foi capaz de admitir a politica como uma ficção mantida por múltiplos interesses e  cumplicidades que transcendem os jogos simbólicos do espaço publico e sua suposta racionalidade.
Como questionou Jean Baudrillard em O PARADOXISTA INDIFERENTE,

"...Será que o político não obedece a impulsos , a obrigações,a desafios a fantasmas que têm pouco a ver com a coisa pública?  Esta verdade incorruptível do mal, do irracional, transparece na própria corrupção do político que deve, portanto, ser interpretada positivamente como a impossibilidade da Razão Política de se realizar. É o que explica que, quanto mais a transparência se impõe, mais a corrupção cresce. Ao só querer levar em conta uma natureza humana politicamente correta- visão fundamentalmente rousseauniana-, os militantes da boa causa democrática, aqueles que mais sutilmente querem reabilitar a 'essência' do político, não fazem mais do que alimentar esta forma corrupt."

( Jean Baudrillard.O Paradoxista Indiferente/ Entrevistas com Philippe Petit. RJ:Pazulin, 1999, p. 81)

O racionalização ingênua do jogo político nos faz apostar em falsas soluções para dilemas sem solução através de uma representação apodrecida do social. Acabamos, assim, prisioneiros da chantagem governamental, do paradoxo do poder como antídoto ao próprio poder. Assim, vislumbramos a imagem ideal do sistema como solução para sua realidade concreta, nos tornamos, ao mesmo tempo, vítimas, assassinos e cúmplices do grande crime perfeito da Razão Política.
Talvez o futuro dependa de indivíduos anômalos, dissocializados e indiferentes as instituições sociais. De alguns descrentes do sonho moderno que possam se espalhar como um vírus através do sistema, pondo em risco e desacreditando qualquer representação ideal ou desarranjo utópico ideológico. O que hoje está em jogo são nossas incertezas coletivas em uma época definida pela indistinção de todos os valores, pela impotência e confusão de um mundo onde todas as representações e significações se desfazem no ar.  

quarta-feira, 12 de abril de 2017

O BRASIL ME OBRIGA AO ANARQUISMO

Uma coisa posso dizer com certeza:  A politica tupiniquim praticamente me obriga a ser anarquista.

Por aqui é praticamente impossível alguém dotado de um pingo de juízo e bom senso, acreditar  nos políticos e no Estado; fazer o jogo eleitoral e achar que as autoridades estabelecidas possuem as respostas  para as dramáticas limitações diárias de nossa medíocre vida em sociedade.

O irracionalismo dos serviços públicos , a corrupção e a arrogância d e todos os tipos de agentes  da lei e da ordem, me induzem ao anarquismo como princípio.

POLÍTICO BOM É POLÍTICO MORTO!

É preciso que se diga e repita  aos quatro ventos :
No Brasil o Estado se converteu em uma verdadeira organização criminosa.
A pior escoria da sociedade é o politico profissional!
Depois da Operação Lava Jato, definitivamente, tais afirmações indignadas
não pode mais ser refutada como leviana ou irresponsável.
É fato, os representantes do povo são em sua esmagadora maioria 
um bando de calhordas, bandidos e filhos da puta
que vivem as custas do dinheiro público,
negociatas e enriquecimento ilícito.
Assim sendo,
fica aqui um recado:
POLITICO BOM
É POLÍTICO MORTO!
NÃO VOTE!
NÃO SUSTENTE VAGABUNDO!

terça-feira, 11 de abril de 2017

O CIDADÃO COMUM

O cidadão comum não faz ideia  da realidade do Estado, pouco entende de economia, sociologia ou psicologia coletiva. É pragmático, superficial e passional, Vive de opiniões rasas sobre tudo e sobre nada. É volúvel, pensa ao sabor das noticias prontas propagadas pela mídia falada e escrita. De forma alguma é confiável, prudente ou consequente. Infelizmente, o cidadão comum sempre vence no final, pois nunca admite seus erros ou sua miopia.

O mais surpreendente, é que muitos políticos profissionais são mais obtusos do que nosso tipico cidadão comum.... 

IMPUNIDADE

O poder está acima da lei
e nos impõe a ordem
contra a justiça.

O dinheiro é mais importante
do que o certo e o errado.
Poe isso os governos são livres
e tudo podem
enquanto ao povo
nada é possível.

PERFIL DO ELEITOR MEDIANO

Vivo do que me é possível
e não do que me é necessário.
Pois o dinheiro é curto
e finda no findar da fome.
O resto é questão de sorte.

Que não me falte saúde
e que não me exijam anos de estudo.
Sou apenas um arremedo de gente.
tentando sobreviver
neste país de miseráveis,
demagogias e hipocrisias.

Não acredito em quem fala difícil.
Sei que mentir é tão fácil
quanto dizer a verdade
é quase impossível.
A realidade não ganha votos
nem arranca aplausos.

A BANALIDADE DA MONSTRUOSIDADE

O monstruoso não é o inteiramente outro,
mas o nosso mais intimo semelhante.

domesticamos  o absurdo.
E ele anda por ai impune,
gozando de ótima reputação.

Não confio no meu vizinho
ou representantes do povo.
O inferno está cheio de boas intenções
e o mundo vive de muitas mentiras.

sábado, 8 de abril de 2017

O BRASIL E O FIM DA HISTÓRIA

Do ponto de vista do Universal e de qualquer qualquer ideal moral, países como o Brasil não deveriam existir. Mas sua afirmação como produto periférico da modernidade, nos faz duvidar da Razão como faculdade humana personificadora de qualquer suposto potencial emancipatório. Definitivamente, a humanidade não é racional...

A civilização inventada nos trópicos apresenta traços de um barbarismo inato ao ser humano que impõe a ideologia do progresso a realidade do trágico.

Ouso mesmo dizer que no extremo ocidente se realiza em sua forma negativa e espúria a tão decantada falácia hegeliana de um fim da História.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

O ANIMAL POLÍTICO

A fala dos políticos parecem rosnados,
o dizer incompreensível de outra realidade
ou ordem do mundo
oposta a nossa mais elementar realidade.

Difícil entender seus raciocínios,
seus ideais de soberania e bem comum
ou , simplesmente, o que realmente entendem
como democracia.

Não vivemos no mesmo mundo
e não vemos as mesmas coisas.

Normalmente afirmam o contrário do que fazem
e sempre apresentam justificativas para o injustificavel.

Políticos são animais estranhos.
Piores que seres humanos.


quarta-feira, 5 de abril de 2017

PROPINA, VOTO E POLITICAGEM

Sabemos hoje que sem propina não existira política no Brasil. Tal  artifício  tornou-se tão  corriqueiro na rotina do poder, que nada de importante  acontece na administração e na vida pública sem um pouco de corrupção.

De fato, a politica se tornou sinônimo de perversão. Pode-se mesmo falar que o Estado funciona como um bordel onde o suposto interesse público é uma falsa moeda a mediar a comercialização dos interesses mais escusos. 

O politico se converteu em uma espécie de criminoso. que vive as custas do povo e das verbas publicas amparado pela hipocrisia do sistema legal.

Tudo começa nas campanhas milionárias onde o virtual do voto custa caro....

domingo, 2 de abril de 2017

O BRASIL É UM PAÍS FALIDO E FUDIDO

O Brasil é um país doente,
Uma alucinação nacional
De uma gente em transe
Quase sem sentido.

Ser brasileiro é um estado de demência.
A verdade é que não existimos.
Somos feitos de mídia,
Opiniões mal definidas pela tradição
E por um absurdo quase surrealista.

O Brasil é um país falido,
Um caso sem solução
Que se não se resolverá
Em qualquer eleição.