Em uma democracia, espera-se que o poder político seja consagrado aos mais virtuosos e bem intencionados através do sufrágio universal. Pressupõem ainda que os eleitores sejam tão bem intencionados quanto seus representantes. Isso significa que para que uma democracia funcione exista algo que chamarei aqui de virtude da representação.
A realidade, entretanto, passa longe das boas intenções, apresentando-se o jogo democrático como uma falsificação ou embuste, uma vergonhosa paródia de seus próprios princípios. Em republiquetas como a brasileira, a canalhice e a hipocrisia, e não a virtude, são as credenciais dos participantes do jogo do poder. O populismo de esquerda ou de direita da o tom do circo democrático onde as massas desempenham o papel de plateia em surpreendente cumplicidade.
Mesmo quando a corrupção torna-se escândalo midiático e vedete do noticiário, não há entre a população ares de perplexidade ou indignação. Afinal, as falcatruas políticas são admitidas de longa data. Ninguém confia nos políticos ou espera que o Estado funcione.
A ausência de uma virtude da representação define a cumplicidade entre eleitos e eleitores que não esperam grande coisa da democracia e se quer de si mesmos. Diante de tamanha mediocridade coletiva é impossível esperar algum final minimamente descente para o estado de corrupção generalizada que define a atual conjuntura tupiniquim.
A ausência de uma virtude da representação define a cumplicidade entre eleitos e eleitores que não esperam grande coisa da democracia e se quer de si mesmos. Diante de tamanha mediocridade coletiva é impossível esperar algum final minimamente descente para o estado de corrupção generalizada que define a atual conjuntura tupiniquim.
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