quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

O ABISMO DA INTOLERÂNCIA



Eis aqui uma breve discrição da estupidez das convicções, da patologia do sentimento de verdade que, em alguma escala, está presente em todos nós e nos isola uns dos outros  em ilhotas de significados fechados:

O outro sempre será o melhor espelho dos meus defeitos. Suas fraquezas alimentam meu julgamento, seus erros iluminam meus acertos, seus abusos me tornam justo, simplesmente porque suas preferências não definem as minhas opções.

Entre o eu e o outro existe sempre uma espécie de jogo onde me imponho como superior, como o polo determinante e positivo  do antagonismo. A verdade será sempre minha versão. O outro é, por definição, o erro, o defeito e o estorvo.

O outro nunca tem pleno direito a existência...


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