O personalismo e o carisma caracterizam a
vida politica tupiniquim. No Brasil contemporâneo, por exemplo, Lula e
Bolsonaro se tornaram expressão da imagem sebastianista do dono da pátria
predestinado a salva-la de seus inimigos e conduzir o país aos trilhos. Se representam
configurações ideológicas opostas, isso pouco importa. Ambos são sustentados por
seguidores fieis que reduzem a politica a um jogo tosco de amor e ódio, bem contra
o mal, paraíso e inferno.
Vivemos tempos em que esquerda e direita são as duas faces da mesma moeda da crise de toda representação politica. O ideal republicano mergulhou em uma crise profunda no mundo ocidental. Já não é mais possível continuar pensando a política como se ainda estivéssemos no século XX. O que resta, afinal, das velhas democracias?
Nenhum comentário:
Postar um comentário