Uma das expressões da crise da república tupiniquim é a mediocridade do jogo do poder, a inaptidão dos seus atores. Ocuparam sucessivamente a cadeira do executivo Dilma, Temer e Bolsonaro. Cada um a seu próprio modo é uma caricatura de si mesmo, uma expressão da indignidade da classe política, do despreparo e da incompetência dos profissionais do poder. É cada vez mais difícil escutar um político falar sem sentir asco ou cair na lábia de novos salvadores da pátria. Nosso futuro coletivo pertence a revolta e insurreição daqueles que por tanto tempo consentiram em ser governados pelos medíocres e gananciosos.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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