Em 1994, o então ministro da fazenda Rubens Recupero, foi derrubado pelo vazamento de declarações no intervalo de uma entrevista. O episódio ficou conhecido como o escândalo da parabólica. Não tinha feito nada mais do que um comentário realista sobre estratégias de governança.
Nos últimos anos vazamentos de áudios se tornaram um espetáculo a parte na história recente do país.
Em tempos de inédita investigação de casos de corrupção, a manipulação da opinião pública é uma arma importante no jogo do poder.
A exploração sensacionalista de áudios vazados, sempre fonte de fake news e interpretações diversas, embaralham verdade e mentira na disputa de narrativas. Isso faz parte do ardil do jogo político contemporâneo e suas disputas.
No fundo estamos falando mais de uma estratégia de manipulação de massa do que de qualquer esclarecimento da "verdade" a luz da moral vigente.
No fundo, é a sincera e indiscreta exposição do privado que revela os bastidores do público.
Não existem santos na cena política nacional. Todos são demônios. Caso nos fosse possível saber tudo o que acontece privadamente no mundo do poder, teríamos uma revolução no dia seguinte onde todos os políticos e autoridades seriam guilhotinados por uma multidão furiosa.
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