A realidade
muda ao sabor das opiniões. Não existe, definitivamente, um mundo comum, mas um
fabulário particular que define a realidade de cada indivíduo. Através dele cada
um externa suas neuroses e fixações. O
que existe é uma espécie de delírio coletivo que ainda chamamos de estado de sociedade. Afinal, por mais
narcisista que seja uma representação do
real, ela é socialmente produzida, encontra eco na fantasia de algum vizinho ou
colega que opera na mesma frequência. Assim, vamos organizando nossos delírios
coletivos a partir de nossas afinidades patológicas.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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