Gostamos de
odiar nossos inimigos,
De corrigir o
mundo em frenesi punitivista.
Exigimos sempre
a beligerante intervenção da Justiça,
Seja divina,
terrena ou da multidão enfurecida.
Somos escravos
da moral e do exemplo de heróis.
Nossos rostos
são bandeiras, nossos corpos tradições.
Somos francos
adversários do anormal,
Do desviante e
do impuro.
Por isso,
Amamos o
apedrejamento,
Todas as
formas de linchamento.
Somos os
justos dos justos.
Não nos
igualamos a “eles”.
É nosso
direito imposto pelo destino,
Ou pelo
divino,
A promoção de
expurgos e extermínios.
Tudo é
permitido pelo supremo bem do futuro
De nossa velha
humanidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário