O fim do mundo foi secularizado e substitui o tempo linear do progresso infinito pós iluminista pela sombra da catástrofe em um presente estendido e constantemente atualizado.
Mergulhamos no imaginário da vertigem, de um niilismo ativo, onde os valores , os julgamentos e certezas tradicionais, já não sustentam qualquer confiança em nossa condição humana e suas realizações. É a própria ideia de humano que é posta em xeque pelas novas tecnologias e pela constatação da natureza como uma grandeza inumana oposta ao homo faber e ao seu domínio do mundo.
O novo milênio inicia-se sobre o signo do intempestivo, do inumano e imanente acontecer da vida como eco realidade sobreposta ao artificialismo de um mundo verdade que se dissolve sob nossos pés desacostumados a terra e embriagados de alturas .
Insinua-se o tempo de uma nova terra e novas formas de existencia, a derrocada de todo platonismo e logocentrismo.
A vida já não vive em nós....
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