Não é descabido dizer que o Brasil é um país onde, de maneira exemplar, o tão decantado progresso não passa de um engodo conservador. Basta dizer que a independência política desta américa tão portuguesa foi se tornar ( como pode?!) o único império das Americas. A Republica, por outro lado, foi resultado de um golpe militar feito a revelia de qualquer reivindicação popular.
Em 1930, o estado nacional, já muito desgastado, ainda amargando a ressaca republicana, mais uma vez modernizou-se conservadoramente através de um novo golpe militar que conduziu aos sombrios anos da ditadura varguista ( que muitos idolatram até hoje!)
Desde então, tudo piorou
de vez na sucessão de refundações constitucionais da republica
esfarrapada do Brasil!! Já não sabemos direito quantos "brasils" existiram e qual deles foi o pior de todos.
Hoje, em tempos em que o mundo mergulha nas vertigens do pós moderno, a modernidade conservadora nacional tenta afirmar-se como retrógrada vanguarda do atraso universal.
Bradam em coro, mais uma vez no país, o desgastado ufanismo da afirmação da ordem e do progresso, da virtude das elites e da alegria do povo no palco de uma natureza exuberante.
Os vencedores de cada nova eleição arrotam o orgulho oligárquico de bem conduzir a nação de volta aos trilhos. Não lhes importa nem um pouco que as ruas não os aplaudam.
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