segunda-feira, 30 de novembro de 2020

ELEIÇÕES 2020: ENTRE A ABSTINÊNCIA E OS FICHA SUJA

 

As eleições municipais de 2020 não foram marcadas apenas por índices recordes de abstenção eleitoral que, diga-se de passagem, não se pode atribuir apenas ao medo da pandemia, mas a um discredito do processo eleitoral e dos políticos junto a parcela cada vez mais expressiva da população. Também teve como característica uma desmoralização vergonhosa da lei da Ficha Limpa expondo as mazelas das façcões oligárquicas que disputam o poder. O segundo turno no Rio de Janeiro é um caso emblemático, já que os dois candidatos aspirantes a cadeirinha de prefeito tinham problemas com a justiça e nem deveriam estar na condição de candidatos. A crise do atual modelo político e elitista, onde a política foi reduzida a um grande negócio é mais gritante a cada nova eleição.

A dita “nova politica” de extrema direita (pior do que aquela que jurava combater) e o voto de protesto que capitalizou na eleição passada se desfez, permitindo uma volta escancarada da hegemonia do velho centrão e da direita tradicional. Ao mesmo tempo, a “nova esquerda” naufraga junto com o desgaste do PT.

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