quinta-feira, 26 de novembro de 2020

SOBRE O ISSO DO CONTRA SENTIDO

Um dia vou me perder no impossível,
Serei ininteligível aos inteligentes 
Aos eruditos, as autoridades,
E a todos os tipos de donos da verdade.

Serei senhor e escravo do meu chão,
Indecente e impertinente
Frente aqueles que vivem no céu 
De abstratas certezas de ordem,
Progresso e finais felizes.

Serei imprevisível, subversivo,
No riso louco dos piores adjetivos. 

Serei quem não  faz sentido,
Um terremoto interpretativo
No contra dizer do dito
Quê inventa a eterna infância 
Dos mais perigosos entre os malditos.

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