cada refeição é um presente
e a vida um risco,
uma incerteza permanente.
É gente sem rosto,
sobrevivendo a céu aberto
contra cidade.
É gente que sabe
que tudo é urgente
e que a vida não cabe
em qualquer ideal de felicidade,
modelo de Estado ou de sociedade.
É gente que existe nas coisas
despido de humano
e embriagada de natureza.
É gente que é tão livre
que desistiu de si mesma,
que fugiu de tudo.
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