A invenção dos “heróis” nacionais e o mito
do exemplar homem público faz parte da economia simbólica do Estado Nação enquanto construção
imaginaria coletiva que se propõe a estruturação de uma sociedade. Sua premissa
é sempre a abstração da realidade e afirmação do “ideal” , do “deveria ser” de
um discurso universalista e exemplar.
Mas não há heroismo que de alguma forma
também não seja trágico. O preço a se pagar pela condição de herói é
normalmente demasiadamente alto. Deve-se morrer de modo inesperado, quanto mais
jovem melhor e maior serão a ponderações
sobre o tamanho da perda socialmente compartilhada.
Monumentos, cerimônias e homenagens criam a
necessária comoção popular que alimenta o culto a personalidade. De repente a
religiosidade transforma-se em
espetáculo na cerebração da ordem estabelecida.
A realidade já pouco importa....
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