Se existe algo próximo a uma
filosofia tupiniquim, ela é certamente o banalismo filosófico. Entende-se por
isso o distanciamento objetivo da realidade que se converte em indiferença
axiológica e neutralidade moral. Trata-se de uma filosofia que reduz a barbárie
e o absurdo a um equivalente da realidade mais pacata.
Assim, a violência, a corrupção,
a precariedade da saúde e da educação, a péssima qualidade de vida da maior
parte da população e outras questões que se arrastam por décadas sem solução,
se tornam meras abstrações da realidade
crua.
O banalismo filosófico é o oposto
do pensamento critico e reflexivo. Sua premissa é o comodismo e a miopia como estratégia
de conversão do concreto a realidade
pensada.
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