O país era tudo aquilo que existia contra você. Era os
bancos, as contas do fim do mês, o aluguel, a polícia, as roupas caras, o
sorriso das pessoas, a política, a religião... A lista era grande.
Detestava ver minha vida presa a tantas falácias e
abstrações coletivas. Mas elas eram mais reais do que os fatos. Não havia como
fugir do imposto de renda.
O país era tudo aquilo que não dava certo, que atrapalhava o
beijo, o almoço de domingo e a vontade de não fazer nada.
O pais era a necessidade de ter opiniões contra todo o
absurdo nacional.
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